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Aumento do nível do mar pode deixar mais de 3 bilhões de pessoas sem casa

Aumento do nível do mar pode deixar mais de 3 bilhões de pessoas sem casa

22/08/2019 às 12h43
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Cidades litorâneas inteiras podem desaparecer se não forem adotadas medidas para frear os efeitos do aquecimento global. Ao menos, esse é o diagnóstico feito pelos cientistas que debateram o assunto durante a Semana Internacional do Clima, em Salvador, nesta quarta-feira (21).

Segundo o presidente e principal negociador da Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS), Carlos Fuller, cerca de 3 bilhões de pessoas vivem em cidades litorâneas no mundo todo e dependem dos oceanos para sobreviver.

“O aumento do nível do mar vai colocar a vida dessas pessoas em risco. As cidades a beira mar estão vulneráveis, então, precisamos começar a discutir sobre como viver nesse mundo em transformação e não destruir tudo”, afirmou.

A situação mais crítica é das ilhas do Caribe. Em Belize, 70% da população vive na costa e abaixo do nível do mar. Para a presidente da Future Ocean Alliance, organização que coordenou o debate junto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Isabel Noronha, o problema afeta diretamente os brasileiros.

“As pessoas estão baseadas na terra, mas têm várias atividades econômicas no mar. As cidades costeiras, como Salvador, precisam dos recursos do mar porque são eles que trazem renda para a comunidade”, afirmou.

Nas últimas décadas o nível do mar na costa do Brasil subiu 25cm, mas pode chegar a 1,5 metro até o final do século. O titular da Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), André Fraga, contou que a capital baiana tem 50 km de orla e que já está sentindo as mudanças climáticas no oceano, como ressacas cada vez mais fortes e redução da faixa de areia.

“O aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos são os desafios que a crise climática apresenta na perspectiva dos oceanos, e a prefeitura tem feito ações para tentar minimizar esses impactos”, disse.

Fraga citou como exemplos a construção do Parque Marinho da Barra e o projeto na Bacia do Mané Dendê. A obra de saneamento abrange cinco bairros da orla do subúrbio em uma área de 800 mil metros quadrados, equivalente a 80 campos de futebol.

      Correio
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