
Tentativa frustrada
Zúñiga tinha o objetivo de entrar na Casa Grande del Pueblo, uma das sedes do governo boliviano, mas, segundo o jornal La Razón, foi abordado pelo próprio presidente Arce, que ordenou o recuo do general. Após o presidente prestar juramento de posse do novo alto comando militar, o soldado entrou em seu veículo blindado e deixou o local. A tentativa causou rápidas reações internacionais rejeitando a quartelada. A Organização dos Estados Americanos (OEA), diversos países como Brasil, México, Venezuela, Cuba e Honduras, além de organizações e movimentos populares se pronunciaram.Golpista
O ex-comandante do Exército Boliviano Juan José Zúñiga é visto como a principal liderança da tentativa de golpe contra Luís Arce. Zúñiga foi afastado do cargo que ocupava desde 2022 na terça-feira (25), após ameaçar o ex-presidente Evo Morales. O militar de alta patente se opõe à candidatura Morales para disputar as eleições do ano que vem. Em declarações recentes ele chegou a dizer que Morales "não pode mais ser presidente deste país" e afirmou que estaria disposto a oferecer a vida "pela defesa e unidade da pátria". Nesta quarta-feira (26), Zúñiga liderou um levante na Plaza Murillo em La Paz e, acompanhado de seus seguidores, invadiu o Palácio Presidencial. Em 2013, foi acusado de desvio e roubo de mais de 2,7 milhões de pesos bolivianos. A verba deveria ser destinada ao pagamento de programas sociais. O militar foi punido com sete dias de prisão por desfalque e falsificação de documentos. Órgãos de migração do país foram acionados para evitar a fuga de Zúñiga do país. O Ministério Público abriu investigação para apurar as irregularidades cometidas pelo general e a cúpula militar.Edição: Rodrigo Durão Coelho
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