
O Brasil segue avançando na estruturação e na implementação do Sistema Nacional de Informações sobre Salvaguardas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (SISREDD+), e a Bahia continua lado a lado na construção dos indicadores voltados à redução de gases de efeito estufa.
Após anos de avaliação e evolução das propostas, bem como dos resultados do monitoramento piloto conduzido em 2022, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), os membros da Comissão Nacional e seus Grupos de Trabalho Técnicos se reúnem em Brasília para fortalecer o alinhamento entre os diferentes níveis da federação.
A oficina, que acontece nesta quarta (3) e quinta-feira (4), constitui um momento-chave de diálogo e construção coletiva, conectando o processo técnico de revisão dos indicadores com a participação informada dos atores envolvidos na implementação do SISREDD+. Desde 2022, a Bahia foi elencada como um dos principais estados capazes de captar recursos por resultados de redução de emissões provenientes do desmatamento e da degradação florestal (REDD+) no bioma Cerrado, alcançados pelo Brasil nos períodos entre 2011 e 2017 e entre 2018 e 2020, segundo as orientações da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Participando da reunião em Brasília, o superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, Luiz Araújo, destacou a importância do debate nacional sobre salvaguardas e da contribuição da Bahia no processo. Segundo ele, a discussão é decisiva para garantir que a expansão dos projetos de carbono no país ocorra com segurança socioambiental.
“Essas salvaguardas visam minimizar esses riscos, garantindo que, nos projetos de carbono, tenhamos a defesa dos interesses dos povos e comunidades do território. Já houve um trabalho de construção de uma lista de salvaguardas considerando as experiências nacionais e internacionais ,estamos agora na fase de entender como monitorar que elas estão sendo cumpridas. Estamos identificando quais seriam os indicadores que permitiriam a gente acompanhar isso de uma forma real, válida e mensurável. Saímos de uma lista potencial de 240 indicadores e estamos trabalhando para refinar os 33 atuais”, explicou.
Araújo também ressaltou o papel estratégico da Bahia no processo: “A gente, como Estado da Bahia, tem acompanhado desde o início a implementação do sistema de REDD+ no Cerrado. Aqui, estamos como representação da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente(Abema), não apenas como Estado", salientou Luiz.
Com uma programação distribuída ao longo de dois dias, a oficina reúne atividades de apresentação, avaliação técnica e trabalho em grupos, avançando desde o histórico e o momento atual do SISREDD+ até a análise detalhada da matriz quantitativa dos indicadores. A iniciativa favorece a participação direta dos estados na revisão do conjunto atual de 33 indicadores, que durante o encontro estão sendo analisados e testados para garantir precisão, consistência e aplicabilidade em nível nacional. O encerramento, previsto para esta quinta (04), consolida as contribuições dos grupos e encaminha a sistematização dos resultados para a próxima etapa do processo.
Fonte: Ascom/Sema
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