
As tensões entre Irã e Israel voltaram a escalar de forma dramática nos últimos dias. Em resposta direta a um ataque israelense contra uma instalação de comunicação no Irã — que atingiu inclusive uma emissora de TV enquanto estava no ar —, o regime iraniano divulgou um vídeo provocativo com duras ameaças ao povo judeu.
No material, amplamente compartilhado em canais oficiais e redes alinhadas ao governo iraniano, a Estrela de Davi, símbolo do judaísmo, é transformada lentamente em um caixão. A cena é acompanhada por uma mensagem explícita prometendo o extermínio dos judeus. O vídeo utiliza trilha sonora fúnebre e frases de retaliação, reforçando o discurso de guerra total contra o Estado de Israel.
A publicação gerou forte repercussão internacional. Entidades judaicas e governos ocidentais classificaram o conteúdo como incitação ao genocídio e pediram que a ONU intervenha. “É uma afronta ao direito internacional e aos princípios básicos da dignidade humana”, afirmou um representante da delegação israelense na ONU.
Do lado iraniano, a retórica é justificada como resposta proporcional aos ataques sofridos. O Irã afirma que o vídeo é simbólico e representa a resistência contra o que chama de “agressões sionistas” que têm vitimado civis e destruído infraestrutura no território iraniano e em países aliados, como Líbano e Síria.
Especialistas alertam que a escalada retórica e militar entre os dois países pode desencadear um conflito regional de grandes proporções, envolvendo diretamente potências como os Estados Unidos e a Rússia, que têm interesses e aliados opostos na região.
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