
A investigação foi aberta após "suspeitas de incitação ao ódio", disse um porta-voz policial da cidade de Karlsruhe, no oeste da Alemanha, onde os folhetos foram distribuídos.
A seção do Alternativa para a Alemanha (AfD) em Karlsruhe confirmou em seu site a criação do "bilhete de deportação".
No documento vem escrito "passagem de ida em classe econômica" para um "imigrante ilegal" saindo da Alemanha com destino a um "país de origem seguro".
O embarque ocorre na porta "AfD" no dia 23 de fevereiro, data das eleições, das "8h às 18h", horário de funcionamento das seções eleitorais.
No verso do bilhete, a AfD defende, entre outras coisas, a "expulsão de todas as pessoas obrigadas a deixar o território" alemão.
O folheto oferece à AfD "a oportunidade de comunicar aos eleitores essas demandas completamente legítimas e de acordo com a lei de uma maneira simplificada", justificou a seção local.
Esse material de propaganda eleitoral "está sendo distribuído atualmente em Karlsruhe da maior forma possível e sem requisitos ou restrições particulares", acrescentou.
Algumas pessoas viram no horário de fechamento, 18h, um código neonazista baseado nas iniciais de Adolf Hitler, já que A e H são as letras 1 e 8 do alfabeto (1=A e 8=H). A seção local do partido rejeitou as acusações.
Um usuário da rede social X que se apresenta como "cidadão alemão de origem turca" afirmou que recebe
u o folheto em sua caixa de correio e que teve um "sentimento muito estranho".
"Meu sobrenome provavelmente foi determinante para essa ação", acrescentou.
O partido de esquerda radical Die Linke qualificou a iniciativa de "método fascista para incitar o ódio" e acusou a AfD de se dirigir a pessoas de origem imigrante.
As pesquisas colocam o partido de extrema direita na segunda colocação para o pleito de fevereiro.
A AfD incluiu em seu programa eleitoral a polêmica noção de "remigração", que prevê a realização de campanhas de expulsão de estrangeiros.
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