O QUE É NOTÍCIA, VOCÊ CONFERE AQUI!

Governo Federal corta 25 mil famílias baianas do Bolsa Família em um ano; Norte e Nordeste são as regiões mais afetadas

 

O secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), Carlos Martins, criticou a redução no número de beneficiários do Bolsa Família nas regiões Norte e Nordeste, na comparação entre maio de 2019 e maio de 2020.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, nas regiões mais ricas do país, Sul e Sudeste, houve aumento no número de pessoas que recebem o benefício, considerando o mesmo período.

Enquanto as regiões Sul e Sudeste tiveram incremento de 1,21% e 1,33% no número de famílias, as regiões Nordeste e Norte tiveram redução de 1,26% e 1,78%, respectivamente, no mesmo período.

Em maio de 2019, a Bahia contava com 1.865.360 famílias no Bolsa Família. Em maio de 2020, o estado tinha 1.839.747, uma redução de mais de 25 mil famílias, ou seja, mais 100 mil baianos em situação de vulnerabilidade social sem auxílio do programa.

“Os dados revelados pela reportagem da Folha mostram a tendência que nós já vinhamos observando, desde o início do Governo Bolsonaro, de uma redução significativa no número de famílias nas regiões Norte e Nordeste, esta última a única que votou em peso contra ele na eleição”, afirma Martins.

No comparativo entre maio de 2019 e maio deste ano, a Bahia registrou redução de 1,37% no número de beneficiários. Outros estados do Nordeste também registraram redução: Alagoas (-1,64%), Maranhão (-2,23%), Paraíba (-1,75%), Pernambuco (-1,47%), Piauí (-1,67%) e Sergipe (-3,07%).

Ao mesmo tempo, o Distrito Federal (+14,52%), Rio de Janeiro (+4,25%), Espírito Santo (+4,61%) e Rio Grande do Sul (+2,13%), entre outros, registraram aumento no número de famílias beneficiadas.

“Observar que a redução se mantém, numa espécie de perseguição, em plena pandemia, quando as pessoas mais precisam, é de deixar qualquer um estarrecido. Enquanto os governos estaduais e prefeituras da região agem contra a pandemia, o Governo Federal deveria garantir renda mínima e acesso a programa sociais, mas ao contrário disso, vem excluindo os nordestinos e os mais pobres cada vez mais”, completou o secretário da pasta responsável pela assistência social na Bahia.