Um levantamento do IDados divulgado pelo jornal O Globo, aponta que 6,6 milhões de estudantes não tem acesso à internet — a maioria deles na rede pública.
De acordo com a pesquisadora Thaís Barcellos, da consultoria IDados, 17% dos alunos de escolas públicas (cerca de 6,5 milhões de estudantes) não têm acesso à internet. Na rede privada, apenas 1,7% das crianças e adolescentes matriculadas (155 mil) não possuem conectividade. Os dados são da Pnad 2019.
As diferenças se aprofundam ainda mais analisando os dados por estado, estudo realizado por Thaís Barcellos, usando ainda a Pnad 2019, ela descobriu que a rede pública no Maranhão tem apenas 62,4% dos alunos com acesso à internet. É o pior estado brasileiro. Dos que estão conectados, praticamente todos (99,7%) são pelo celular e apenas 12% pelo computador.
No Rio e São Paulo, a desigualdade diminui um pouco, mas parte significativa dos alunos ainda são prejudicados. São 9,3% do total da rede pública fluminense e 7,3% na paulista sem acesso à internet — contra, respectivamente em cada estado, 2,1% e 0,4% da rede privada.
Por conta disso, a lista de instituições que pedem o adiamento do exame é longa. Entre elas, estão o Conselho Nacional de Educação (CNE), Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed), a Associação Brasileira de Avaliações Educacionais (Abave), a União Nacional dos Estudantes (Une), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Associação Nacional dos Pesquisadores da Educação e universidades, como a UFRJ, maior federal do país.
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