A região de Cajazeiras liderou a concentração de homicídios registrados em Salvador e região metropolitana entre os dias 1º de janeiro e 13 de junho, período no qual foram computados mil assassinatos na capital baiana. De acordo com levantamento “Mil Vidas”, realizado pelo jornal Correio desde 2011, foram 30 casos registrados, o dobro do índice do ano passado (considerando o momento em que foram contabilizadas mil homicídios na cidade). A última vez que a região liderou o ranking foi em 2012, com 25 ocorrências. O delegado Roberto Alves, titular da 13ª Delegacia (13ª DT/Cajazeiras), prefere não “dar nomes” à principal causa da violência no bairro, mas falou sobre a atuação da facção Bonde do Maluco (BDM) nas imediações. “Não tem como negar a instalação do BDM na região, mas ultimamente não se tem visto ações do grupo com tanta frequência como antes. Isso é fruto da ação da polícia”, afirma. Entre os dez bairros com maior número de homicídios, figuram ainda, na sequência, Lobato (21); Águas Claras (18); São Cristóvão (17); Itapuã (16); Liberdade (16); Cosme de Farias (15); Mata Escura (15); Periperi (15); e Fazenda Grande (14). No que diz respeito à distribuição de mortes mês a mês, janeiro foi o período mais violento: foram 225 assassinatos, seguido de março (194); fevereiro (176); abril (171); maio (170); junho (64). Em 2017, o dia da semana com maior concentração de mortes é o domingo: foram 192 casos. O sábado fica em segundo lugar, com 164 ocorrências, seguido das sextas (151); segundas (133); terças (130); e quartas e quintas, ambas com 155 casos. A maioria dos crimes (296) vitimaram jovens na faixa dos 18 aos 24 anos, mas um há um número ligeiramente superior – 267 – de casos cuja idade não foi identificada. Pessoas entre 25 e 34 anos são a segunda faixa etária mais recorrente, com 208 ocorrências. Foram 110 as vítimas com 35 a 44 anos. Na sequência vêm os menores (0 a 17 anos), que foram alvo em 93 dos registros. As vítimas com 45 a 54 anos estão em penúltimo, com 46 casos. Pessoas maiores de 55 anos estão em último: foram 16 vítimas. Considerando toda a região metropolitana, Salvador lidera em número de ocorrências: são 625 até o último dia 13. Camaçari vem logo abaixo, com 121 casos. Na sequência, Simões Filho (61); Lauro de Freitas (54); Dias D’Ávila (46); Candeias (22); Mata de São João (21); São Sebastião do Passé (12); Vera Cruz (11); São Francisco do Conde (8); Pojuca (7); Itaparica (6); Itaparica (6); e Madre de Deus (5). A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou em nota que “os dados apresentados no boletim não são consolidados, além de não estarem classificados de acordo com o Código Penal brasileiro, não podendo, dessa forma, serem considerados, unicamente, homicídios”. De acordo com a pasta, os dados oficiais apontam 959 entre janeiro e maio em Salvador e na Região Metropolitana (RMS). A SSP ainda destacou que houve uma redução de 3,4% (em comparação ao mesmo período em 2016) no número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), que agregam Homicídio Doloso, Lesão Corporal Seguida de Morte e Latrocínio. Ainda de acordo com o comunicado, houve redução de 21 casos de morte violenta na RMS e de 69 no estado (uma queda de 2,4%). A SSP aponta também queda nas mortes no interior do estado – que passaram de 1.922 ocorrências em 2016 para 1.840, em 2017 – uma queda de 4,3%. “Apesar da tendência de queda, as polícias continuam alertas sobre a atuação das quadrilhas de tráfico de drogas, principais responsáveis pelas mortes violentas no estado”, diz a nota.
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