A Polícia Civil negou que não tenha solicitado a medida protetiva para a subtenente que sofreu uma tentativa de feminicídio, na cidade de Feira de Santana, em setembro de 2020. De acordo com a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) daquela cidade, a investigação está em andamento.
A vítima questionou a morosidades das ações de polícia judiciária, alegando que a Justiça não havia recebido o pedido de medida protetiva e que sua primeira oitiva junto a unidade ocorreu apenas em agosto deste ano, ou seja, quase dois anos após o crime.“A medida protetiva foi solicitada e expedida pela Justiça. O suspeito foi ouvido, representamos pela sua prisão preventiva, a qual foi negada pelo Plantão Judiciário. Outras diligências estão sendo realizadas para robustecer as provas apresentadas e coletar mais informações que auxiliem na elucidação do caso. O laudo pericial do veículo, fundamental para a conclusão do inquérito, está sendo aguardado”, disse a nota encaminhada pela Assessoria de Imprensa da Polícia Civil ao BNews.
O crime
Segundo a vítima, na ocasião da tentativa de feminicídio, ela teria descoberto que o seu então marido, motorista de ônibus, é bissexual por meio de vídeo. Com medo da repercussão, ele teria armado uma emboscada no veículo em que ambos utilizavam para tentar matá-la. “Cortou os dois freios ABS, a sonda lambda e retirou a tampa, cortou a estação elétrica e amarrou no tubo de gás. Nunca vamos imaginar que alguém que dorme com a gente está tentando sabotar o carro para matar […]. Fiquei com medo do que poderia acontecer comigo, afinal, não tenho nada contra a escolha dele, mas tentar me matar é extremo e prezo pela minha dignidade. Descobri porque era constantes os vídeos assistidos por ele de sexo explícito de homem com travestis”, relatou a policial.
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