Em delação à Operação Lava Jato, a Odebrecht declarou que fez pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo a Folha, executivos da empresa citaram duas pessoas de convívio do governador que intermediaram a entrega do dinheiro. Os diretores disseram que não conversaram diretamente com o governador paulista. Ainda segundo a delação, cerca de R$ 2 milhões em espécie foram entregues ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. O repasse teria sido feito no escritório de Ribeiro, na capital paulista. Nas eleições de 2010, o tucano se elegeu no primeiro turno com 50,63% dos votos válidos. Já em 2014, o caixa dois para a reeleição de Alckmin teve como um dos operadores o atual secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro, o MM para funcionários da Odebrecht. Em 2014, Alckmin foi reeleito com 57% dos votos. Ainda segundo a Folha, um dos executivos que delataram o caixa dois ao governador de São Paulo é Carlos Armando Paschoal, o CAP, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo. Paschoal, ou CAP, faz parte do grupo de 77 funcionários da empreiteira que assinaram há duas semanas um acordo de delação premiada com investigadores da Lava Jato. CAP também fez afirmações sobre o suposto repasse de R$ 23 milhões via caixa dois para a campanha do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), em 2010. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indica que não há doações diretas da Odebrecht à conta da candidatura de Alckmin em 2010 e 2014.
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