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Presidente da Associação das Baianas repudia acarajé do amor: ‘Alimento sagrado’

Presidente da Associação das Baianas repudia acarajé do amor: ‘Alimento sagrado’

06/08/2025 às 07h04 Atualizada em 06/08/2025 às 10h04
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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A presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (Abam), Rita Santos, criticou duramente o chamado “acarajé do amor”. A adaptação inusitada do prato tradicional — servida com doce e morango, em cidades como Aracaju (SE) e Maceió (AL)— gerou polêmica após vídeos viralizarem nas redes sociais. Rita defendeu a importância de preservar a autenticidade da receita original. “O ofício da baiana de acarajé foi oficialmente reconhecido como patrimônio cultural do Brasil no ano de 2005, pelo Iphan e pelo Ipac aqui no estado da Bahia em 2012. Já em setembro de 2015, foi empossado o Conselho Gestor da Salvaguarda, porque todo bem de patrimônio precisa ter um Conselho Gestor de Salvaguarda. E nós temos, desde 2015, um conselho que trata desse assunto”, frisou. A Associação das Baianas de Acarajé emitiu nota de repúdio na última sexta-feira (1º), alertando para o risco de desvirtuamento cultural. A versão com recheios doces foi apontada como desrespeitosa à ancestralidade do ofício das baianas. Segundo Rita Santos, cada detalhe do preparo tem valor simbólico. A mudança de ingredientes pode comprometer a história por trás do prato. “A receita do acarajé é um verdadeiro patrimônio cultural. Cada ingrediente, cada passo tem um significado e um sabor que são passados de geração para geração. Mudar a receita pode alterar não apenas o sabor, mas também a tradição, a história que ela carrega. O acarajé é mais do que um prato, é uma expressão de identidade e cultura afro-brasileira. Por isso, respeitar a receita original é fundamental para preservar sua essência e autenticidade”, argumenta.
Rita reforçou que a Associação não é contra a inovação ou o uso criativo da imagem da Bahia em estratégias de marketing. No entanto, alertou que há limites quando se trata de elementos sagrados. “Não somos contra as inovações. Não há nenhum problema em inovar. Criatividade, estratégia de marketing com elementos da Bahia. Mas o acarajé não faz parte dessas tendências da moda. Ele é um alimento sagrado que está associado à nossa cultura. O ofício da baiana está registrado e salvaguardado. Para que justamente não aconteça esse tipo de propaganda enganosa. Não existe acarajé pink, acarajé de sushi, acarajé hambúrguer, acarajé de qualquer outra coisa”, afirmou. Para Rita, a mudança banaliza um símbolo de resistência e ancestralidade. “Tudo que vier como tendência passa, mas o acarajé não. O acarajé existe há mais de 300 anos e nós estamos aqui para preservar”, explica. Por fim, Rita fez um apelo à preservação do legado ancestral das baianas e do povo negro. “Se nós não cuidamos do nosso passado, como nós vamos ter um futuro? Como as crianças do futuro vão conhecer aquilo que nossos antepassados deixaram?”, questiona.
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