São Paulo – A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou por lesão corporal leve e desobediência o motoboy negro Éverton Henrique Goandete da Silva, que foi ferido com uma faca por um homem branco e acabou preso pela Brigada Militar gaúcha, no último dia 17 de fevereiro, em Porto Alegre.
O morador que atacou o motoboy com uma faca, Sérgio Camargo Kupstaitis, também foi indiciado por lesão corporal de natureza leve.
Nesta sexta-feira (23/2), a Corregedoria da Brigada Militar afirmou que a sindicância aberta para apurar a conduta dos policiais militares que atenderam a ocorrência não verificou indícios de crime militar ou de crime comum de parte dos agentes
Em coletiva de imprensa, o corregedor-geral coronel Vladimir da Rosa afirmou que os policiais não agrediram ou discriminaram o motoboy.
“Não houve agressão física perpetrada pelos policiais militares. Todas as 21 testemunhas que foram trazidas voluntariamente ou se apresentaram ratificaram que não houve nenhum tipo de agressão física por parte dos policiais em relação aos presos e que não houve qualquer agressão verbal, nem qualquer tipo de discriminação”, disse o coronel.
Segundo a Corregedoria, os policiais tiveram apenas “transgressões da disciplina militar”, por não terem acompanhado o morador branco quando ele voltou para casa para colocar uma camiseta e por terem deixado Sérgio no banco de trás da viatura, enquanto Éverton, que havia sido ferido com faca, foi levado à delegacia preso no porta-malas do carro.
Por meio de nota, a defesa de Éverton Goandete lamentou a conclusão do Inquérito Policial e da sindicância, além da “ausência de imagens da agressão inicial de Sérgio”. Segundo o advogado Ramiro Goulart, o “recorte dos fatos tentou desqualificar a resposta de Everton à agressão por ele sofrida, desconsiderando as intenções de Sérgio e Éverton, bem como o fato de Everton somente ter se defendido de um ataque”.
A defesa do motoboy afirma que aguardará a manifestação do Ministério Público sobre o caso. O Metrópoles não conseguiu contato com Sérgio. O espaço segue aberto para manifestações.
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