Apresentado como uma das lideranças da greve dos caminhoneiros, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, é filiado ao PSDB e já foi candidato a deputado estadual pelo partido tucano em 1998. Em 1994, ele atuou como cabo eleitoral promovendo uma caravana de caminhoneiros em favor da candidatura de Mário Covas ao governo de São Paulo. Fonseca também já foi chamado para assumir uma das vice-presidências da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), entidade patronal do setor.
Segundo matéria do jornal Folha de São Paulo, Fonseca possui aproximação com o presidente da CNT, Clésio Andrade, que foi condenado a 5,7 anos de reclusão por envolvimento no chamado mensalão tucano. Segundo a assessoria da CNT, o presidente da entidade patronal “mantém apenas relações institucionais com os outros integrantes da confederação”. A sede da Abcam, localizada em Brasília, fica no mesmo prédio da CNT.
Durante a paralisação, a CNT divulgou nota criticando a política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras, que foi qualificada como “desproporcional”. A Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apuram a se empresas e entidades patronais incentivaram a greve, o que caracterizaria um locaute o que é proibido por lei. Segundo uma lista divulgada pela mídia, os nomes de José da Fonseca Lopes, da Abcam e da CNT estão entre os alvos da investigação.
Por meio de nota, o PSDB informou que “as atividades de José da Fonseca Lopes como líder de entidade de classe não se confundem com sua filiação partidária, ocorrida há mais de duas décadas”.
Folha de SP e Brasil 247
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