O lago Guaíba completou, nesta quarta-feira (26/6), sete dias acima da cota de alerta, com 3,28m de altura, de acordo com a medição na Usina do Gasômetro feita pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), às 15h. A cota de alerta é de 3,15m e foi ultrapassada na última quarta-feira (19), não tendo descido desde então.
Apesar da baixa em relação à alta registrada no início de maio, quando o nível atingiu 5,33m, ainda sim é preocupante se comparado com a média histórica de 1 metro de altura para o mês de junho. Segundo análise da MetSul Meteorologia, o Guaíba deve se manter alto pela vazão que chega dos rios que abastecem a bacia do lago, porém não se espera um aumento significativo em relação ao que vem sendo registrado. Na última medição do rio Jacuí, que representa 84% da formação do Guaíba, ele estava quase o dobro de sua cota de inundação, com 11,86 m — a referência é de 6 m.
A previsão meteorológica do Instituto de Pesquisas Hidraulicas (IPH) indica chuva para os próximos 10 dias, com acumulados de 100mm para o Rio Grande do Sul. Já no curto prazo, deve chover entre 30mm e 50mm hoje e amanhã (27).
Os prejuízos totais no estado desde o início das chuvas somam R$ 12,4 bilhões até o momento, segundo o último boletim da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O setor mais prejudicado foi o habitacional, com impacto de R$ 4,7 bilhões e cerca de 110 mil casas danificadas ou destruídas.
O setor público, por sua vez, corresponde a um total de R$ 2,5 bilhões em perdas, sendo somente obras de infraestrutura (pontes, calçamento, asfaltamento de ruas e avenidas, viadutos, sistemas de drenagens urbanas) responsáveis por R$ 1,8 bilhão. Já no privado, o total foi de R$ 5,2 bilhões, sendo R$ 4,2 bilhões relativos à agricultura e R$ 412 milhões, à pecuária.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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