Auditório lotado com jovens envolvidos com palestra, dinâmica e bate-papo em uma manhã atípica no Colégio Estadual Polivalente, no bairro Nordeste de Amaralina, em Salvador. Assim começou, nesta terça-feira (19), mais uma edição dos “Diálogos com a Juventude”, promovido pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), através da Coordenação de Políticas para a Juventude (Cojuve).
Pela primeira vez o tema “Combate ao Trabalho Infantil e Exploração Sexual” foi abordado nesta ação, que já percorreu centenas de escolas baianas. A condução do diálogo foi feita pela coordenadora da Cojuve, Sara Prado, e pela secretária do Conselho Estadual de Juventude (Cejuve), Vanúbia Pereira.
“O diálogo de hoje foi muito bom, muito proveitoso. Trabalhamos com turmas do ensino médio divididas em dois momentos com o objetivo de apresentar a campanha “Fique de Olho”, da SJDHDS do Governo do Estado, que combate a violência sexual e exploração infantil. Este bairro possui grande índices de vulnerabilidade social, o que justifica ainda mais esta ação que conscientiza os jovens sobre os perigos”, contou a coordenadora da Cojuve, Sara Prado.
Para a aluna do 1º ano, Stefany Santos, 14 anos, o momento foi de respostas para seus questionamentos sobre o assunto. “O diálogo de hoje coincidiu com uma procura que estávamos fazendo por informações como essas para a produção de um trabalho escolar. Precisamos estar alertas na compreensão dos direitos, das questões ligadas a feminicídios e demais tipos de violência”, concluiu a estudante.
A professora de língua portuguesa, Mirian Barcelos de Lima Silva, classificou a atividade como satisfatória. “O diálogo foi bem conduzido através de uma linguagem simples, clara e objetiva para os alunos. Foram abordadas questões que por muitas vezes trazem inquietações para eles, mas nem sempre eles falam com qualquer pessoa. Eles ficaram instruídos sobre como proceder em caso de violação de direitos e de como eles podem ter seus direitos assegurados”, comentou a professora.
Já o estudante Thales Munfor, 19 anos, lembrou da importância de se discutir sobre este assunto em períodos como o carnaval, onde existe a chance de ocorrer casos de abusos. “Acho esse debate muito importante e informativo porque muitas pessoas não sabem diferenciar os tipos de violências, nem entendem a diferença entre assédio sexual e violência sexual. Neste período do carnaval acontecem muitos casos e por isso é importante sabermos identificá-los”, disse o aluno.
Na oportunidade também foi feita a divulgação do canal oficial para as denúncias dos casos, que é o Disque 100. Na próxima sexta-feira (22), a partir das 10h30, o “Bloco Fique de Olho!” deve desfilar no bairro, fortalecendo a campanha para toda a comunidade.
More Stories
Operação prende empresário suspeito de encomendar incêndios na BA; prejuízo foi de R$ 15 milhões
Candeias: Intervenção federal no Hospital Ouro Negro chega ao fim e município voltará a administrar a unidade
Jogando na Fonte: Brasil é improdutivo, empata com Uruguai em casa e perde posição nas Eliminatórias