O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (12) novos investimentos da China no Brasil, da ordem de R$ 27 bilhões.
O número foi citado pelo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil), Jorge Viana, após um fórum entre empresários brasileiros e chineses em Pequim.
O presidente Lula viajou ao país acompanhado de 11 ministros e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de parlamentares, outras autoridades e cerca de 200 empresários. Nesta terça (13), Lula deve se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping.
Antes de chegar à China, a comitiva passou também pela Rússia, onde Lula se reuniu com Vladimir Putin e pediu um cessar-fogo na Ucrânia.
“Na última década, a China saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimento direto no Brasil. Trata-se do principal investidor asiático em nosso país, com estoque de mais de US$ 54 bilhões”, citou Lula após o evento.
No discurso, Lula citou parcerias firmadas entre órgãos como Dataprev e Telebras, do governo brasileiro, e empresas de satélites e energia sustentável da China.
E para além da questão comercial, falou também em “elevar o intercâmbio de turistas e ampliar as conexões aéreas entre os países“.https://a62f6f9a25a0eb7a064d32fadd321a3c.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-44/html/container.html?n=0
“A China tem sido tratada, muitas vezes, como se fosse uma inimiga do comércio mundial quando, na verdade, a China está se comportando como um exemplo de país que está tentando fazer negócios com os países que foram esquecidos nos últimos 30 anos por muitos outros países. É importante a gente lembrar”, continuou.
Lula disse ainda que, em seu primeiro mandato, o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer a China, então governada por Hu Jintao, como uma “economia de mercado” (em que o setor privado é predominante). E que, passados 20 anos, não se arrepende de ter feito esse reconhecimento.
R$ 27 bilhões em investimentos
Segundo o governo, empresas chinesas aplicarão recursos no Brasil em uma série de áreas, desde indústrias a novas marcas de comércio e serviços.
A lista inclui investimentos adicionais da montadora chinesa GWM e a inauguração de fábricas de semicondutores da empresa Longsys em São Paulo e Manaus. Também prevê a chegada ao Brasil da maior rede de fast food do mundo, a Mixue, e de um novo aplicativo de delivery, o Keeta.
Há ainda investimentos espalhados na aviação, em mineração e no mercado farmacêutico.null
“Tem gente que reclama que o Brasil exporta para a China só produtos agrícolas e minério de ferro, ou seja, só commodities. E eu queria só dizer para as pessoas que pensam assim que para que a gente possa fazer investimento em produtos mais refinados, sofisticados, com mais ascensão tecnológica, é preciso a gente lembrar que durante muito tempo o Brasil deixou de investir em educação. É importante lembrar que a gente não vai conseguir ser competitivo no mundo tecnológico, no mundo digital, se a gente não investir na educação”, disse Lula.
“Nós temos que exportar agronégicio e utilizar o dinheiro que entra no Brasil para investir em educação. Para a gente ser competitivo com a China na produção de carro elétrico, de baterias, na construção de IA. Ninguém vai dar isso de graça para nós. Nós temos que buscar a confiança de parceiros para que eles possam compartilhar conosco aquilo que eles sabem fazer. É isso que nós estamos fazendo com a China”, emendou.
G1
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