Nesta segunda-feira (22/1), o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) acompanhou a comitiva governamental que verifica o resultado dos ataques de fazendeiros contra indígenas Pataxós Hã Hã Hãe na Bahia. A Pajé Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, foi assassinada durante os ataques ocorridos no município de Potiraguá, sudoeste baiano. O cacique Nailton Muniz, cacique na Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu e irmão da Pajé, foi atingido no rim.
“É a segunda vez que recebemos a ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara, por causa da violência de fazendeiros em nosso estado. É fundamental que as investigações apontem os articuladores, mandantes e financiadores desses ataques criminosos contra indígenas na Bahia. Não há como aceitar impunidade. São casos recorrentes de articulação por meio de aplicativos mensageiros para promover ilegalidades, no caso despejar indígenas sem ordem judicial. Há determinação do governador Jerônimo em priorizar a apuração de culpados, o reforço do policiamento e inquérito específico para investigar a atuação de milicias armadas na região”, disparou Valmir Assunção.
Além do deputado federal petista e da ministra Guajajara, a comitiva foi composta pela presidente da Funai, Joenia Wapichana; pelos representantes do Governo da Bahia, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas; e a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, além da deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), do deputado estadual Rosenberg Pinto (PT-BA), do representante do Movimento Indígena da Bahia, Zeca Pataxó e representantes de outros ministérios do Governo Federal.
Pela manhã, as autoridades foram recepcionadas em Ilhéus e seguiram para o hospital, onde visitaram os feridos dos ataques. À tarde, a comitiva seguiu para Pau Brasil, onde se tinham novos anúncios de movimentações ruralistas contra indígenas. As autoridades participaram dos rituais de sepultamento da Pajé Nega Pataxó, cujo corpo foi “plantado” em território indígena. Já à noite, a comitiva esteve em Itapetinga, onde aconteceram reuniões com Ministério Público e Polícia Civil para discutir ações a serem desenvolvidas na região.
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