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Bolsonaro mentiu sobre ICMS e Petrobras anuncia novo aumento de combustíveis

Após resistir a pressão do governo, a Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17) reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel, alegando que o mercado de petróleo passou por mudança estrutural e que é necessário buscar convergência com os preços internacionais.

Após 99 dias sem aumentos, o preço médio da gasolina nas refinarias da estatal passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o preço do diesel passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu há 39 dias.

Na quinta (16), o conselho de administração da companhia rejeitou pedido do governo para evitar reajustes, defendendo que a definição de preços é atribuição da diretoria executiva. A reunião havia sido convocada a pedido do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Postos de gasolina exibem preço dos combustíveis com duas casas decimais
Tabela de preços em posto na zona leste de SP com os valores com duas casas decimais, pela nova regra, e no modelo antigo Anúncio em frente ao estabelecimento também tem que estar adequado. Caso o equipamento tenha o padrão com três casas decimais, a última deve estar zerada durante o abastecimento, de forma que o preço permaneça idêntico ao anunciado no painel de entrada. Postos de combustíveis de São Paulo e Brasília se anteciparam modificaram as tabelas de preços para dois dígitos e não três
O pedido foi uma última cartada do governo para tentar evitar o aumento em meio ao esforço para aprovar um pacote de medidas para tentar reduzir os preços, que, segundo o presidente Jair Bolsonaro (PL), poderia baixar os preços da gasolina e do diesel em R$ 2 e R$ 1 por ltiro, respectivamente.

Na quarta (15), o Congresso concluiu a votação de projeto de lei que estabelece um teto para alíquotas do ICMS sobre os combustíveis, que pode reduzir o preço médio da gasolina em R$ 0,657 por litro, segundo projeção do consultor Dietmar Schupp.

Na semana que vem, o Congresso debate a chamada PEC dos combustíveis, que autoriza o governo a zerar impostos federais sobre a gasolina e compensar estados que se dispuseram a reduzir o ICMS sobre o diesel e o gás de cozinha.

Logo após a reunião do conselho, a Petrobras entrou foi alvo de ataques de Nogueira e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).