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Alunos do Thales de Azevedo protestam contra precarização do ensino e insegurança

Alunos do Colégio Estadual Thales de Azevedo realizam, na manhã desta quinta-feira (23), um protesto contra as condições de infraestrutura da escola, problemas de falta de segurança no entorno da instituição, além de problemas ligados ao ensino.

Leonardo Costard, vice-presidente do grêmio estudantil, contou que os estudantes pedem o adiamento de uma semana para o início das provas, marcadas para começar hoje, para que os alunos possam ter algumas aulas sobre os conteúdos cobrados. Uma vez que as diversas paralisações ocorridas este ano prejudicaram o andamento das aulas.

“É uma forma de lutar pelos nossos direitos enquanto estudantes. Porque foram poucas aulas ao longo desses meses. Fomos prejudicados pelas paralisações e, sem esses conteúdos, seremos prejudicados não só nessas provas, mas também no Enem”, disse.

Aluno do segundo ano do ensino médio-técnico, Leonardo trabalha pela manhã e estuda à tarde. Ele conta que as paralisações dos funcionários terceirizados, além dos professores, prejudicaram diretamente as aulas, uma vez nem as impressões das atividades estavam sendo feitas. Também faltaram os funcionários de portaria e merendeiras, responsáveis pela alimentação.

“Ficamos sem alimentação. Muitas pessoas vão para a escola sem tomar café e quando chegavam lá não tinham merenda. Outros trabalham depois da aula e também estavam saindo da escola sem comer”, disse.

Os alunos também reivindicam melhorias na infraestrutura da instituição. Segundo eles, faltam livros didáticos para as turmas e as salas de aula alagam quando há o mínimo de chuva. Muitas não têm portas, estão com as janelas quebradas, remendadas com papelão ou enferrujadas.

Outro ponto relatado foi a falta de segurança no entorno da escola. Segundo repersentantes estudantis, são comuns os assaltos a alunos nos três turnos de funcionamento do colégio.

“Conheço mais de 10 pessoas que já foram assaltadas. A gente relata a situação para a direção da escola, eles falam com a Secretaria de Educação e vem uma viatura da PM. Mas essa ronda não é constante”, contou Leonardo.

Em nota, a Polícia Militar informou que o policiamento na região é realizado diuturnamente pela 39ª Companhia Independente da Polícia Militar. As ações de patrulhamento contam ainda com o apoio da CIPT/Rondesp Atlântico e de unidades convencionais e especializadas da PM. A corporação ressalta a importância da denúncia pelos canais institucionais em face de qualquer fato que fuja à normalidade.

 

 

Correio*