O ex-presidente teria usado a influência para favorecer a construtora Odebrecht e recebido propina. O indiciamento foi feito com base na Operação Janus, deflagrada em maio deste ano e que investiga contratos relacionados à construtora e pessoas ligadas ao ex-presidente Lula.
O Ministério Público Federal recebeu o relatório final da PF que trata da operação e o indiciamento. Agora, o documento será analisado pelos procuradores do MPF. Após a análise, se os procuradores concordem com os argumentos da PF, poderá ser oferecida denúncia à Justiça contra o ex-presidente. Se isso ocorrer, a Justiça decidirá se aceita ou não a denúncia.
Em nota, a Polícia Federal diz que “a empreiteira Odebrecht teria pago R$ 20 milhões à empresa Exergia (em valores atualizados chegaria a R$ 31 milhões). Esse pagamento ocorreu sem a devida prestação dos serviços de engenharia em empreendimentos de infraestrutura financiados pelo BNDES em Angola”.
Foram indiciados sete executivos da construtora e dois sócios da empresa Exergia.
Os indiciados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na nota, a PF não detalha qual seria a participação de cada indiciado.
Instituto Lula
Em nota, o Instituto Lula diz que o ex-presidente sempre agiu dentro da lei e que suas contas e dos parentes foram investigadas, sem que nenhuma irregularidade tenha sido encontrada.
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a vida investigada há 40 anos, teve todas as suas contas e de seus familiares devassadas, o sigilo bancário, fiscal e telefônico quebrado e não foi encontrada nenhuma irregularidade. Lula não ocupa mais nenhum cargo público desde 1º de janeiro de 2011, e sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois de ocupar dois mandatos eleitos como presidente da República”, diz a nota.
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