Numa exibição que oscilou bons e maus momentos, o Bahia contou também com erros da arbitragem para avançar à semifinal da Copa do Nordeste. Neste sábado, 25, o time se beneficiou de um gol irregular para fazer 3 a 1 sobre o Botafogo-PB, que ainda teve um tento mal anulado.
Na tentativa de recuperar a condição de campeão regional, status que conseguiu pela última vez em 2017, o Esquadrão luta por lugar na decisão com outro adversário de menor expressão, o Confiança, na próxima quarta-feira, 29. Já neste domingo, 26, joga de novo em Pituaçu, mas com os reservas. Pega o Flu de Feira pelo Baianão.
Ímpeto inicial
O Bahia demonstrou logo no começo da partida que estava disposto a se colocar rapidamente em vantagem. E não sossegou até conseguir. Mesmo com os importantes desfalques de Gilberto, lesionado, e Gregore, que testou positivo para Covid-19 no exame pré-jogo, a equipe não teve muita dificuldade para se impor.
No minuto inicial, Rodriguinho pegou a bola na direita, levou para o pé esquerdo e já testou o experiente goleiro Felipe. Aos oito, Juninho Capixaba fez boa jogada, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro, mas Fernandão e Rodriguinho falharam na finalização.
Meia de origem, Rodriguinho chegou a ter a escalação posta em dúvida por um cansaço muscular, mas foi a campo. Porém, não repetiu a atuação da última quarta-feira, 22, ficando muito preso no setor ofensivo. Quem buscava mais o jogo era Élber, em grande forma. Mas quem abriu o placar não foi nenhum dos dois.
Aos 12 minutos, após cobrança de escanteio, a bola se ofereceu a Ronaldo na entrada da área. E o substituto de Gregore caprichou. Acertou um chute colocado no cantinho para balançar a rede.
Ao se colocar à frente, o Bahia diminuiu o ritmo e não mais assustou a meta do Belo, que aproveitou para se arriscar mais à frente. Aos 19, Everton Heleno bateu falta com algum perigo. Passou por cima. Seis minutos depois, Mário Sérgio entrou na área após tabela, mas foi travado pelo goleiro Anderson na hora do chute.
Já o Esquadrão só ameaçou em tentativas de fora da área. Juninho, João Pedro e Clayson, em cobrança de falta, não tiveram sucesso.
Na segunda etapa, o Bahia repetiu a estratégia. Começar a todo o gás para poder só administrar no restante da partida. E a escolha se mostrou muito acertada logo aos três minutos, quando Juninho Capixaba avançou bem pela esquerda e cruzou rasteiro para o toque esperto de Rodriguinho.
E não é que o script seguiu o mesmo do primeiro tempo? Confortável no placar, o Tricolor relaxou de novo e viu o crescimento do adversário, que aos 14 minutos diminuiu. Fred cobrou falta com extrema categoria e a bola explodiu na trave. No rebote, Rodrigo Andrade tocou de cabeça no outro canto para diminuir.
E o Bahia sentiu o gol, tanto que, se a arbitragem não errasse, teria sofrido o empate aos 19. Kevin marcou, mas o o gol foi anulado por impedimento inexistente. No minuto seguinte, após falha de Juninho, Dico levou perigo com um chutaço de direita.
A situação parecia complicada, mas a arbitragem apareceu novamente, aos 23 minutos, para aliviar a barra para o Esquadrão. Clayson chutou cruzado e Fernandão, impedido, completou para ampliar o marcador. Sem VAR, sem revisão, e o Bahia segue na rota do título.
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