Com a chegada do verão e o aumento significativo das temperaturas, voltam às discussões em torno da disponibilização de água potável nos shows e apresentações artísticas na capital baiana. Recentemente, o tema entrou nas principais discussões no país devido à morte de uma jovem após passar mal de calor em um show no Rio de Janeiro.
Por aqui, o assunto chegou a ser pauta na Câmara Municipal de Salvador (CMS), tendo, inclusive, projetos de lei e de indicação apresentados pela vereadora Marta Rodrigues, Nº 285/2023, e pelo vereador André Fraga (PV), Nº 314/2023.
Marta defende que a proteção da vida, da saúde e a segurança são direitos básicos do consumidor e que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivos o atendimento às necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e o incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo.
A vereadora projetava que a prefeitura adotasse providências para garantir o amplo acesso à água para consumo pessoal durante as festas de verão e Carnaval de Salvador, determinando às empresas patrocinadoras do carnaval e de eventos privados durante o período das festividades que permita o acesso a garrafas de água para consumo pessoal, disponibilize bebedouros ou realize a distribuição de água em ilhas de hidratação nos eventos, blocos e camarotes.
Já André sugeriu à gestão municipal que adotasse a obrigatoriedade de fornecimento de água potável em shows e grandes eventos como medida para salvaguardar a segurança e o bem-estar do público no Município de Salvador, além de atendimento ambulatorial em caso de exposição excessiva ao calor para moradores de rua em dias excepcionalmente quentes.
Apesar das iniciativas dos vereadores, os projetos não tramitaram na Casa Legislativa a tempo de virarem lei para este verão. No entanto, na contramão da aprovação ou não das propostas, logo após o caso do Rio de Janeiro ganhar repercussão nacional, o prefeito Bruno Reis chegou a detalhar que a prefeitura preparava um protocolo para disponibilizar água em eventos na cidade.
“Estou definindo com nossa equipe protocolos para o verão, para o período do calor e para os eventos. A prefeitura já vem se preparando a partir do momento que está realizando licitações para a compra de água, de protetores solares e roupas UV. Estou comprando e vamos ter os contratos. Vamos definir os protocolos e qual a necessidade e qual será a forma para atendimento das pessoas em geral”, disse o prefeito à época.
De acordo com informações que deverão ser divulgadas em breve pela Prefeitura, estão previstos o uso de carros pipa para apaziguar o calor do público de grandes festas, instalação de dispenser de protetor solar em pontos estratégicos e distribuição de 20 mil sachês do produto e climatização de espaços através da microaspersão de água.
No primeiro teste prático de grande evento realizado pela prefeitura, após o ocorrido no Rio de Janeiro, o Festival Virada Salvador já trouxe algumas medidas para conter o calor durante os festejos. A organização do evento disponibilizou bebedouros gratuitos com água espalhados pela Arena Daniela Mercury.
Os quatro pontos de hidratação, no entanto, não contavam com copos descartáveis disponíveis. Antes do evento, o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, declarou que o visitante poderia levar uma garrafinha ou um copo para garantir a hidratação ao longo da festa.
“O Festival Virada Salvador acontece no início do verão e sabemos como o clima e as altas temperaturas têm sido difíceis em todo o país. Para garantir o bem-estar do público em geral, a Prefeitura de Salvador implantará pontos de hidratação na Arena”, garantiu.
Para as festas que estão por vir, como ensaios, pré carnaval e o próprio Carnaval, a prefeitura já tem definido algumas iniciativas para conter a exposição dos foliões ao sol e ao calor.
Fonte: A tarde
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