Para chegar a esse número, testaram um grupo de sete pessoas. A prova começou com um circuito de alta intensidade que durou 30 minutos. Após o treino, todos foram submetidos a exames de VO2 máximo, análise que detecta a quantidade de oxigênio que os pulmões conseguem armazenar e devolver ao sangue. Os resultados estavam significativamente elevados, mesmo com o corpo em repouso. Com isso, deduziram que o gasto calórico também se manteve alto.
A personal trainner Cau Saad, de São Paulo, resolveu adaptar o método para dar um boost na série de alunos com bom condicionamento. Criou o “Desafio da Cau”, com exercícios superintensos (corrida, pedalada ou corda) que duram seis minutos e são aplicados no fim dos treinos regulares. “Dessa maneira, eu mesma consigo perder 890 calorias. Se ficasse apenas no primeiro estágio, seriam 670”, diz. “A queima ainda continua durante o dia, não na mesma intensidade, mas sem dúvida é significativa.”
Para o médico Páblius Staduto Braga, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Nove de Julho, de São Paulo, esse período é variável, mas atinge seu ápice duas horas depois do treino. O processo é conhecido como efeito Epoc(excess post-
exercise oxygen consumption, em inglês) e, na prática, significa a quantidade de oxigênio que o corpo consome para retomar o equilíbrio depois de atividades físicas.
Chico Salgado, do Rio de Janeiro e personal de celebridades como Sabrina Sato, Grazi Massafera e Giovanna Ewbank, também acredita no potencial do efeito Epoc e recomenda treinos pesados de musculação, corrida ou pedaladas em alta rotação. “Correr durante 30 minutos, com frequência cardíaca de 80%, por exemplo, pode manter o corpo trabalhando por até oito horas depois do término do exercício.”
Aos interessados em aderir ao método, o primeiro passo é fazer o teste de VO2 máximo e, após o resultado, encontrar um expert que monte um treinamento individual, combinando o aumento de intensidade com a capacidade respiratória. Essa avaliação física detalhada é imprescindível: trabalhar acima de seus limites sem acompanhamento profissional pode causar lesões físicas e riscos cardiovasculares irreversíveis.
Revista Marie Claire
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