O presidente Michel Temer usou o discurso na 8ª Cúpula das Américas para criticar a ação militar liderada pelos Estados Unidos na Síria. “Manifesto profunda preocupação do Brasil com a escalada do conflito militar na Síria”, disse, ao defender a adoção de “soluções duradouras” para o problema no país.
Temer reafirmou a posição da diplomacia brasileira que condenou a ação militar realizada na noite de sexta-feira (no horário de Brasília) e defende solução político-diplomática para o conflito. “Permanecemos atentos para a segurança de muitos brasileiros que vivem naquela região e nossos pensamentos se voltam para todas as vítimas”, disse.
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Assim como a maioria dos demais presidentes da região, Temer também criticou o governo de Nicolás Maduro e pediu uma ação coordenada para uma solução da crise humanitária no país sul-americano. “Trabalhamos no Grupo de Lima, mas queremos uma Organização dos Estados Americanos (OEA) mais atuante. Que a OEA possa ajudar o povo da Venezuela a reencontrar a democracia”.
Temer lembrou que o Brasil tem recebido “dezenas de milhares de venezuelanos” e, para criticar o regime chavista, lembrou da iniciativa de Brasília para doar alimentos e medicamentos para o país vizinho. “O mais espantoso é que a oferta foi negada pelo governo venezuelano”.
Outro tema do discurso de Temer foi o crime organizado transnacional. O brasileiro disse que essas organizações criminosas “são sentidas duramente nas nossas cidades” e, por isso, pediu uma ação conjunta da região contra esses “ilícitos transnacionais”. Para Temer, a ação desses grupos está por trás do assassinato de uma equipe de jornalistas do Equador nesta semana.
Michel Temer, presidente
Sobre o combate à corrupção – tema da Cúpula de Lima -, Temer disse que “não se pode tolerar a corrupção”. “Ela corrói o tecido social, tira recursos da segurança e da saúde. O combate à corrupção é imperativo da democracia”, disse, ao citar que a experiência recente mostra que o Brasil tem feito esforço contra os ilícitos.
O brasileiro comentou ainda a importância da abertura dos países e disse que a “abertura ao mundo” e a agenda de reformas estruturais “ajudou o Brasil a superar a maior crise da nossa história”. “Estamos devolvendo aos brasileiros as oportunidades que foram retiradas”, disse.
A Tarde
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