Depoimentos novos de delatores na Lava Jato chamaram a atenção para uma coincidência envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB). De acordo com reportagem do site El País deste sábado (7), a JBS informou que entregou, no dia 2 de setembro de 2014, R$ 1 milhão de reais em espécie ao coronel João Baptista Lima Filho, amigo do presidente e considerado o mais antigo operador de propinas de Temer pela Lava Jato.
No dia seguinte, 3 de setembro, a Tabapuã Investimentos e Participações, uma empresa criada e controlada por Temer, concluiu em cartório a aquisição, por R$ 334 mil, do lote 11, da quadra 24, do condomínio Terras de São José II localizado em Itu, interior de São Paulo.
A propriedade imobiliária localizada em uma área onde predominam frequentadores milionários ocupa 2.604 metros quadrados. Ainda de acordo com a publicação, Temer também usou a Tabapuã para concluir a compra do lote 12, da quadra 24, do mesmo condomínio, com área equivalente a 2.092 metros quadrados, por R$ 380 mil.
Em ambas as operações, um detalhe curioso, ao contrário da prática comum em escrituras do gênero, não foram discriminados nos registros como foram feitos os pagamentos pelos imóveis.
Em depoimento, delatores da JBS afirmaram que o repasse de R$ 1 milhão a Temer fazia parte de um acerto de R$ 15 milhões para o presidente.
Procurado pelo El País, Temer se limitou a informar que as aquisições dos terrenos em Itu foram financiadas com recursos próprios e declaradas em Imposto de Renda.
Bocão News
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