Foi apresentado na manhã desta quarta-feira, 8, as ações e dados de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. As informações foram divulgadas na reunião da Comissão de Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), pelo secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, e pela secretária de Políticas para as Mulheres, Julieta Palmeira. O evento foi promovido pela presidente da comissão, deputada Olívia Santana.
De acordo com o secretário Maurício Barbosa, da SSP-BA, os dados de feminicídio reduziram 62,5% em 2018, com sete vítimas. Em 2019 já foram registradas cinco ocorrências. O órgão realiza ações preventivas para enfrentar à violência contra a mulher, entre elas a Ronda Maria da Penha, que é implementada em 15 cidades baianas, e também os núcleos de atendimento às mulheres vítimas de violência.
O secretário também comentou sobre a implementação da sala lilás e da realização de seminários e workshops, ambos realizados em parceria com a secretaria de Políticas para as Mulheres.
A secretária Julieta Palmeira apresentou as ações que ocorrem na Bahia, com foco em atender as mulheres. “São 82 municípios com organismos de políticas públicas, 38 conselhos e 82 pactos assinados com os municípios para esse enfrentamento”.
Resultados
Nesta quarta também foram apresentados os números do primeiro quadrimestre relativos à violência contra a mulher. Em relação ao mesmo período de 2018, houve redução em todos os tipos de crimes, com exceção de feminicídio, que cresceu 10 casos na Bahia.
Houve queda nas ocorrências de estupros de 32,6%, sendo 61 casos a menos de janeiro a abril em relação ao mesmo período no ano passado. Em tentativa de homicídio houve redução de 144 para 117 (menos 18,8%), lesão corporal dolosa reduziu em 34,6% (de 6.055 para 4.565), injúria, de 4410 para 3534 (-19,9%), e ameaça de 12.554 para 9874 (-21,3%).
“As reduções mostram que os nossos esforços estão surtindo efeito, mas não podemos deixar de notar que apesar da diminuição, ainda são números altos. Precisamos educar nossas crianças, conversar sobre respeito, limites, fazer dos nossos jovens adultos conscientes sobre a igualdade de gênero. O machismo não é uma cultura do baiano. É infelizmente uma realidade nacional”, comentou
A Tarde
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