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Tarcísio faz brincadeira ao comentar crise das bebidas adulteradas e cita Coca-Cola: “Ainda bem que não chegaram nesse ponto”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez uma brincadeira ao comentar a crise das bebidas adulteradas com metanol durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (6). Após se reunir com cinco empresas da indústria de destilados, o governador afirmou que o setor tem “enorme vontade de colaborar” com as investigações sobre os casos de intoxicação no estado.

Em seguida, Tarcísio começou a citar marcas de bebidas frequentemente falsificadas, mas interrompeu a leitura, explicando que não domina o assunto, já que não consome bebidas alcoólicas.

— “Eu não vou me aventurar aqui nessa área, que não é minha própria. No dia em que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar. Ainda bem que ainda não chegaram nesse ponto. Coca-Cola até aqui não”, disse o governador.

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também entrou na brincadeira:

— “Café e Coca-Cola zero, até agora, não.”

Tarcísio respondeu:

— “A minha é normal.”

A coletiva ocorreu após uma reunião do gabinete de crise montado pelo governo paulista para tratar dos casos de intoxicação por metanol, que já somam 192 suspeitas. Destas, 14 foram confirmadas por exames que detectaram a substância nos pacientes. Até o momento, duas mortes foram confirmadas e sete seguem em investigação.

O encontro contou com a presença de secretários das pastas de Segurança e Saúde, além de representantes da indústria de bebidas alcoólicas destiladas. O governo de São Paulo anunciou a intenção de firmar um convênio com o setor, que prevê treinamentos para distribuidores, bares e restaurantes, além da criação de um selo de confiabilidade para estabelecimentos que comercializam bebidas de origem comprovada.

Questionado sobre a fala do governador, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu de forma mais cautelosa:

— “O Ministério da Saúde preza pela vida. Quando começaram a surgir os casos notificados de São Paulo, que mostravam que agosto e setembro tinham quase a mesma quantidade de casos do país inteiro na série histórica dos últimos anos, nós não só ficamos preocupados, como começamos a agir, em sintonia o tempo todo com a Secretaria de Saúde do Estado e com a rede do SUS em todo o país.”