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Suspeito de participar do assassinato de Mãe Bernadete arquitetou crime após discussão acalorada com ialorixá, diz delegada

A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, falou na tarde desta quarta-feira (24), sobre a prisão de Ydney Carlos dos Santos, conhecido como ‘Café’, que ocorreu nesta madrugada no bairro de Stella Maris, em Salvador. Ele é suspeito de envolvimento no assassinato de Mãe Bernadete. De acordo com a delegada, o indivíduo foi inserido no Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA).

“Nossas equipes conseguiram fazer a prisão do indivíduo conhecido como Café, que era um dos três foragidos que quando nós fizemos a conclusão do inquérito, em novembro desse ano, nós tínhamos mandado de prisão em aberto e ele não tinha sido alcançado. Ele já tinha sido colocado como um das cartas do baralho do crime e ele foi, através das denúncias e das nossas investigações, alcançado na data de ontem no bairro de Stella Maris, portando uma arma e portando também uma pequena quantidade de droga”, disse em entrevista ao BNews.

Brito também comentou se ele tinha passagem pela polícia e qual o envolvimento efetivo dele no crime que culminou na morte de Mãe Bernadete. Segundo ela, quando a ialorixá decidiu denunciá-lo, a arquitetura do crime foi montada.

“Café não tinha passagem pela polícia, anteriormente. Ele era a pessoa que funcionava como articulador entre o ‘Maquinista’, traficante principal da região, que estava querendo colocar a barraca na área do quilombo de Mãe Bernadete. Ele teve acesso ao quilombo porque teria tocado uma banda de pagode juntamente com o Binho, o primeiro filho de Mãe Bernadete. Então, ele tinha essa articulação e conversava com ela. Na véspera do dia em que ela foi morta, houve uma discussão acalorada entre eles  com relação a esta barraca. Então, quando ele viu que realmente Mãe Bernadete ia denunciar, que não ia permitir que daquele local se tornasse um ponto para fazer o tráfico de drogas, ele arquitetou junto com o ‘Maquinista’ para que ela fosse morta”, detalhou a delegada-geral.

A chefe da Polícia Civil disse ainda que toda a investigação foi feita em parceria com o Gaeco do Ministério Público da Bahia. Segundo ela, “um parceiro extremamente importante que acompanhou desde o início todas as investigações e opinou de modo favorável em todos os mandados de prisão que foram requeridos pelas equipes policiais.”