Mãe Bernadete, como era conhecida, foi assassinada a tiros dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares no dia 17 de agosto.
A coletiva de imprensa contou com a presença do titular da SSP, Marcelo Werner, da Delegada-Geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, e da Diretora-Geral do Departamento de Polícia Técnica (DPT), perita criminal Ana Cecília Bandeira. Durante a conferência, as autoridades compartilharam detalhes importantes sobre o progresso das investigações e o comprometimento das forças de segurança na resolução do caso.
O secretário Marcelo Werner declarou que as investigações estão em pleno andamento. “As forças de segurança estão agindo com todo o rigor na apuração dos fatos. Não mediremos esforços para que a justiça seja feita neste caso tão triste”. Ainda conforme ele, o quarto suspeito identificado está sendo procurado e as equipes de investigação continuam em campo na missão de identificar outras pessoas diretamente envolvidas no caso. A suposta motivação da execução foi alegada por um dos suspeitos presos, mas essa esta informação continua sob investigação. “Temos que fazer o confronto com outras provas colhidas na investigação. Então, é precipitado a gente falar em motivação”, declarou.
As identidades dos suspeitos do crime, não foram reveladas na coletiva para não comprometer as investigações. Para a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, o trabalho conjunto com outras instituições é determinante para a celeridade de todo o processo investigativo.
“Já realizamos 64 oitivas, foram 21 aparelhos telefônicos apreendidos, 19 medidas cautelares foram solicitadas, nós conseguimos avançar bem numa articulação com todos os departamentos da Polícia Civil e principalmente uma parceria com o poder judiciário e com o Ministério Público através do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco)”, detalhou. De acordo com Heloísa, um dos suspeitos confessou o delito e outro estava de posse de armas de calibre compatível a usada no crime.
A morte de Bernadete Pacífico, uma voz ativa na luta pela preservação da cultura quilombola e dos direitos das comunidades afrodescendentes, provocou indignação e comoção em todo o país. Seu legado como defensora dos quilombos e de seus habitantes continua a ecoar, e sua execução é vista como um triste episódio na história da luta pela justiça social.
Repórter: Tácio Santos
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