Os ônibus não estão circulando nesta quarta-feira, 23, por conta da greve dos rodoviários, apesar da determinação judicial para que 50% da frota seja mantida nos horários de pico (das 5h às 8h e das 17h às 20h) e 30% nos demais períodos. O vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, afirma que a categoria aguarda que as empresas apresentem uma lista com os nomes dos motoristas escalados para trabalhar.
“Vamos cumprir (a decisão judicial de manter 50%), mas estamos esperando sermos notificados sobre quais linhas vão funcionar e quem vai trabalhar. As empresas que devem definir isso”, explicou o sindicalista, acrescentando que os coletivos vão circular com catraca livre, ou seja, sem cobrança de passagem.
O presidente do sindicato Hélio Ferreira argumenta que os empresários devem dividir com os trabalhadores a responsabilidade de cumprir a determinação da justiça. “Nós, sozinhos, não podemos montar essa operação (para colocar 50% da frota na rua). Ninguém compareceu à garagem, então precisamos que as empresas apresentem a lista de trabalhadores para que a gente monte essa força-tarefa”, justifica.

Plano de contingência
Com a greve dos rodoviários, 800 veículos, entre micro-ônibus do Sistema de Transporte Especial Complementar (Stec) e de quatro cooperativas metropolitanas, foram escalados para compor o plano de contingência do transporte de Salvador.
A reportagem de A TARDE circulou pela cidade e encontrou alguns micro-ônibus rodando nesta manhã. Contudo, a frota não é suficiente para atender toda demanda de passageiros, que aguardam nos pontos de ônibus. Os veículos estão saindo lotados.
De acordo com a prefeitura, os veículos estão distribuídos em 35 roteiros que atendem a seis principais corredores de transporte na cidade (confira a tabela abaixo). Eles vão cobrar a passagem de R$ 3,70, mas os rodoviários querem implantar a catraca livre também nos micro-ônibus do Stec.

Sem acordo
A greve dos rodoviários foi deflagrada após a negociação com os empresários ser suspensa por falta de acordo. A categoria começou pedindo 6% de reajuste salarial. Mas chegaram a reduzir o percentual, no entanto o patronato não aceitou a proposta e não apresentou um índice.
O prefeito ACM Neto disse nesta terça, 22, que estranhou a falta de proposta dos empresários, porque eles teriam sinalizado que concederiam 1,69% de reajuste.
A TARDE
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