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Simone Tebet no JN: confira resumo da entrevista com a presidenciável

A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, foi a última presidenciável a participar da sabatina no Jornal Nacional nesta sexta-feira (26). Além de dizer que tentaram puxar seu tapete no MDB, a candidata abordou os seguintes assuntos:

Políticas para mulheres

Entre as propostas apresentadas pela candidata, está um projeto para estabelecer salários iguais entre mulheres e homens.

“Se eu virar presidente, o primeiro projeto que eu vou pedir para pautar na Câmara dos Deputados é igualdade salarial, salarial entre homens e mulheres. A mulher ganha 20% menos que o homem exercendo a mesma função, a mesma atividade. Se for negra, se for preta, ela recebe 40% menos. Me explique qual a lógica disso”, afirmou a candidata.

Acabar com o ‘presidencialismo de cooptação’

Tebet foi perguntada sobre como lidará, em um eventual governo, com os caciques do MDB que se envolveram em escândalos de corrupção, como o mensalão e o petrolão. A candidata afirmou, se eleita, governará “com a maioria do centro democrático, da frente democrática”.

“Eu não sou mais candidata do MDB. Eu sou candidata do MDB, do PSDB, do Cidadania, do Podemos e de uma legião de pessoas que não querem mais voltar ao passado e muito menos permanecer no presente. Então, diante disso e com esse corpo de pessoas de bem, éticos, honestos, é que nós vamos, ganhando as eleições – se nós ganharmos as eleições –, governar com a maioria do centro democrático da frente democrática”, disse.

 

Críticas ao orçamento secreto

Tebet também fez críticas ao orçamento secreto, nome dado para as emendas de relator.

“Por que o orçamento brasileiro está na mão do Congresso? Porque nós temos um governo que não planeja nada. Ele não sabe onde quer chegar, para onde ele quer ir, não tem projeto de país e com isso o dinheiro fica solto. Cada um faz um puxadinho, daqui a pouco essa casa cai. Porque o alicerce, a base, não foi feito o dever de casa que é o orçamento”, argumentou Tebet.

Ela disse que vai ampliar a transparência dessas emendas, o que, segundo a candidata, vai coibir a prática do pagamento pouco criterioso da verba.

“Orçamento secreto não é com diálogo só, é com transparência. Com um único ato, uma portaria exigindo que todos os ministros abram as contas de seus ministérios”, afirmou.

Erradicar a miséria

Tebet afirmou que uma das metas dela, caso eleita, é erradicar a miséria no país em dois anos.

“Quando nós falamos em erradicar a miséria, é, de um lado garantir, a transferência de renda para quem está precisando. Isso vai cair à medida que ele [o cidadão] vai entrando no mercado de trabalho. Do outro lado, é garantir escola de qualidade”, afirmou a candidata do MDB.

 

Filas na saúde

A candidata do MDB à Presidência voltou a defender a decretação de estado de calamidade pública ou de emergência para custear um programa de repasses a prefeitos a fim de zerar as filas em procedimentos na saúde atrasados em razão da pandemia da covid-19.

 

Reforma tributária

Tebet foi questionada sobre seus planos para a reforma do Imposto de Renda. Em resposta, disse que vai priorizar a reforma dos impostos sobre o consumo – que, segundo ela, penalizam os mais pobres.

Tebet disse que a proposta defendida por ela já tramita no Congresso e, por isso, poderia ir à sanção nos primeiros seis meses de seu eventual governo.

“A mais importante hoje é a do consumo, Renata, porque quem mais paga imposto no Brasil é o pobre. É o que mais consome. Proporcionalmente à renda, quando você deixa no supermercado, quanto eu deixo? E quanto o pobre deixa no supermercado? Ele deixa metade, pouco mais da metade do salário dele”, disse.

 

FGTS para informais

Simone foi perguntada sobre como financiar essa proposta, mas não respondeu – disse apenas que “tem o cálculo” e “vai ser devidamente detalhado” nos próximos dias.

A candidata explicou, em linhas gerais, o desenho da proposta. “É um FGTS para os informais que estão no Auxílio Brasil, e já tem números e valores. A cada declaração, ele vai dizer o quanto ele realmente ganha na informalidade. É um pedreiro, trabalha uma vez por semana e ganha R$ 150, R$ 190 na semana. Então ele chegou no final do mês, recebeu R$ 800, nós vamos depositar 15% [desse valor]”, disse.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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