O secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, foi demitido do cargo. A informação foi confirmada no fim da manhã desta sexta-feira (17) pela assessoria da Secretaria Especial da pasta.
A exoneração ocorre após Alvim parafrasear um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista.
Mais cedo, depois de informar que não se pronunciaria sobre o caso, o Planalto avisou ao Congresso que o secretário seria demitido após a repercussão do caso e a manifestação pública da classe política. Entre os que pediram a saída de Alvim está o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
“O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo”, afirmou Maia nas redes sociais. Já Alcolumbre, que é judeu, qualificou em nota o discurso de Alvim de “acintoso, descabido e infeliz”.
Além deles, outros que repudiaram o discurso foram o ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Dias Toffoli, o presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, e o apresentador Luciano Huck, cotado para lançar candidatura à Presidência.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Roberto Alvim pediu desculpas e chamou de “infeliz coincidência retórica” as semelhanças entre a sua fala e àquela do ministro de Cultura e Comunicação de Hitler.
“Não se pode depreender daí qualquer associação ao espúrio, nefasto e genocida ideário nazista, ao qual eu tenho repugnância”, disse.
Bahia.ba
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