Após mais uma reunião sem acordo com os empresários, na manhã desta sexta-feira, 19, o Sindicato dos Rodoviários da Bahia confirmou a greve de ônibus, em Salvador, a partir de 0h, da próxima quinta-feira, 25. A reunião terminou por volta das 13h20.
De acordo com informações , durante o encontro que reuniu os empresários e trabalhadores, mediado pela Superintendência Regional do Trabalho do Estado da Bahia (SRT), o sindicato confirmou a possibilidade de greve e anunciou que um edital será publicado até segunda-feira, 22, informando a paralisação das atividades.
“Nas primeiras horas de quinta [25], não terá ônibus. Avisamos a população antecipadamente, no entanto, de amanhã [20] até quarta [24], a população vai ter ônibus. Mas na quinta, não vai ter mais. Reduzimos a nossa proposta em 50% e os empresários não apresentaram nenhuma proposta. Infelizmente os rodoviários irão pagar pela intransigência dos empresários”, declarou Fábio Primo, presidente do Sindicato dos Rodoviários.
O responsável informou que até a próxima quarta, a categoria seguirá em busca de uma proposta que contemple os trabalhadores. “Caso isso aconteça, vamos levar para assembleia na próxima quarta. Saímos tristes, porque viemos com vontade de negociar e evitar uma greve”, lamentou.
A mediadora da mesa, superintendente regional do trabalho, Fátima Freire, afirmou que uma ata será redigida do passo a passo do encontro. “Perseguirei com força, respeitando o sindicato dos trabalhadores. As partes estão avançando, porque quando se chegou em 15 pontos, os trabalhadores cederam. Eles chegaram com 30 itens e finalizaram com 15. O sindicato patronal, por outro lado, considera que não tem condições de apresentar proposta, mas também não se fechou totalmente. Na segunda pela manhã, devemos ter uma data da nova rodada”.
A parte empresarial, por outro lado, segue garantindo que existe uma dificuldade econômica e financeira. “O sindicato apresenta reajuste salarial, fornecimento de cesta básica, ou seja, apresenta mais de 15 itens absolutamente impossíveis de ser concedidos pelas empresas. Como é que você recebe uma proposta que quase dobra o salário? Daí você não vai fazer contraproposta, porque o sindicato não está com clareza. Apesar de não ter apresentado contraproposta, vou levar para os meus patrões, mostrar o que está em jogo e vamos ver o que acontece a partir de segunda”, explicou Jorge Castro, diretor do Setps e porta-voz dos empresários.
A Tarde
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