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Produção industrial na Bahia sobe 7,6% em maio com relação a abril, diz IBGE

Produção industrial na Bahia

 

A produção industrial da Bahia  creseu 7,6% no mês de maio em relação a abril de 2020, na comparação com ajuste sazonal, após ter apresentado a maior queda em 18 anos, na passagem de março para abril (-24,2%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o Instituto, a alta de abril para maio reflete a volta da produção de algumas unidades após a suspensão das atividades por conta da pandemia da covid-19, além de ser influenciada pela baixa base de comparação.

Entretanto, o resultado positivo ainda não chegou perto de superar as perdas acumuladas em razão da pandemia. Nos três meses de março a maio, a queda acumulada na produção industrial baiana foi de -22,8%.

De abril para maio, a alta da atividade fabril na Bahia (7,6%) foi um pouco maior que a nacional: a produção industrial brasileira cresceu 7% nessa comparação. Houve resultados positivos em 12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE.

Paraná (24,1%), Pernambuco (20,5%) e Amazonas (17,3%) lideraram no crescimento, enquanto Espírito Santo (-7,8%), Ceará (-0,8%) e Pará (-0,8%) mostraram retrações.

Queda
Em relação a maio de 2019, a produção industrial baiana seguiu em queda (-20,7%), ainda que um pouco menor que a nacional (-21,9%). Foi o segundo resultado fortemente negativo no ano e o pior para um mês de maio, no estado, na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional, iniciada em 2002.

Dentre as 15 áreas pesquisadas, 14 tiveram quedas na comparação com maio de 2019, com destaques para Ceará (-50,8%), Amazonas (-47,3%) e Espírito Santo (-18,5%). Goiás (1,5%) foi o único estado a apresentar resultado positivo.

Considerando o meses da pandemia da Covid-19 (março, abril e maio), a indústria baiana tem queda acumulada de -14,3% em relação ao mesmo período de 2019.

No ano de 2020, a produção da indústria no estado acumula perda de-5,9%, em relação ao mesmo período de 2019. O resultado é melhor que o do Brasil como um todo (-11,2%). Já nos 12 meses encerrados em maio, a indústria na Bahia também se mantém no negativo (-5,1%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado está bem pouco acima do nacional (-5,4%).

Varejo
Já de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), as vendas no varejo no mês de maio caíram 20,8% em comparação com o mês de maio de 2019.

Na análise sazonal, o comércio varejista no estado registrou variação positiva de 10,3%. No acumulado do ano, a taxa do volume de negócios foi negativa em 11,1%. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE – realizada em âmbito nacional – e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

O resultado registrado para o varejo baiano nesse mês releva que o setor continua sendo intensamente impactado, após isolamento social por conta da pandemia do coronavírus. Embora mostre uma perda de ritmo dos impactos das ações de combate à pandemia da covid-19, quando observado o mês imediatamente anterior (-26,5%), o recuo ainda é bastante expressivo.

Para a SEI, com o orçamento comprometido dado a redução de renda por demissão, suspensão de trabalho ou redução proporcional de salários e jornada de trabalho, os consumidores têm sido cautelosos nos seus gastos. Esse comportamento comprometeram as vendas do varejo na comemoração do Dia das Mães, considerada a segunda data mais importante para o setor.

Por atividade, em maio de 2020, apenas um dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%). Nos demais segmentos, as variações foram negativas: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-13,4%), Combustíveis e lubrificantes (-21,3%), Móveis e eletrodomésticos (-22,9%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-44,5%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-45,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-73,2%), e Tecidos, vestuário e calçados (-81,3%).

 

 

 

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