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População faz duras críticas a Embasa sobre fornecimento de água

A Câmara Municipal de Camaçari realizou uma audiência pública, nesta quarta-feira, 8, para debater a respeito do fornecimento de água na cidade. O comando da reunião foi do presidente da Casa Legislativa, Flávio Matos (União). Estavam presentes, representantes da Embasa, da Coelba, das Secretarias de Turismo (Setur), de Serviços Públicos, de Infraestrutura, além de lideranças comunitárias e a sociedade civil organizada.

Com o objetivo de esclarecer as razões para intermitência do serviço, foi convidado o gerente regional da Embasa, Laesandro Araújo. Na oportunidade foi apresentado os investimentos em andamento, como a obra de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água, com previsão de conclusão para fevereiro de 2024. A intermitência apresentada na prestação do serviço de abastecimento e a falta de água por longos períodos foram as principais queixas mencionadas durante o debate, especialmente nas localidades da orla. “Esse debate feito publicamente é importante para gerar compromissos que podem ser firmados aqui. Estamos buscando a melhoria de um serviço básico que é o de acesso à água. Queremos aqui achar soluções, porque problemas nós já temos”, pontuou.

Entre as mais de 15 participações da população, esteve a da moradora de Arembepe, Shimene Santos, que pontuou que a água costuma chegar apenas à noite na região. “Isso torna a vida das pessoas um caos. Você chega em casa cansado do trabalho e ainda tem que esperar a água chegar altas horas da noite. O problema do abastecimento na orla não é só no verão. Estamos enfrentando isso há muito tempo”, relatou.

Já Antônio Mota registrou queixas sobre o esgotamento sanitário que, segundo ele, não tem sido feito corretamente. “Vemos esgotos jorrando com frequência e em diversas localidades da cidade. Isso é um absurdo porque causa problemas sérios de saúde para a população”, pontuou. Em resposta, o representante da Embasa relatou que, em muitos casos, esse problema é oriundo de ligações irregulares feitas no sistema.

Sobre os problemas operacionais recentes, o gerente falou da crise hídrica enfrentada em uma parte da orla e também na sede. “Fizemos um estudo e detectamos que a retomada do sistema de abastecimento tem sido prejudicada pela recorrência de falta de energia. Também temos tido muitos casos de furtos de equipamentos utilizados nos poços dos quais extraímos água. Além disso, tivemos problema de baixa vazão e de baixa qualidade da água coletada, por exemplo. Tudo isso tem causado demora no restabelecimento do serviço, o que tem prejudicado a população”, disse.

 

A TARDE