O relatório da Polícia Federal sobre o inquérito das joias sauditas, que teve o sigilo quebrado nesta segunda-feira, 8, mostra uma conversa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o advogado Frederick Wasseff, em março de 2023, sobre a apropriação do presente.
No diálogo, Bolsonaro avalia uma possível incorporação das joias recebidas para o seu acervo, e mandou um documento.
“Você que é advogado aí, dá uma olhada nisso aí, nós sublinhamos aí um… pintamos de amarelo alguma coisa. Pelo que tudo indica, nós temos o direito de ficar com o material. Dá uma olhada aí”, teria dito Bolsonaro, que foi indiciado com mais 11 pessoas.
Na mesma conversa, Wasseff orienta Bolsonaro sobre a forma correta de se manifestar publicamente quando o caso viesse à tona.
“Presidente, a nota como está, ela não nos engessa pra nada. Tem abertura pra gente falar de qualquer pauta, mudar de estratégia a qualquer momento porque é uma nota geral, generalizada sem especificar com detalhe. Porque se a gente der muito detalhe se amarra, se prende aquilo”, afirmou.
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