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PETROBRAS PODE COMPRAR BRASKEM E AQUECER NOVAMENTE ECONOMIA BAIANA

A Petrobras solicitou ontem (10/07) acesso ao data room virtual da Braskem, para eventual exercício de tag along, ou seja, o direito de preferência na compra de ações da Novonor (ex-Odebrecht) que controla a empresa.É o primeiro sinal concreto de que a estatal está interessada em ter o controle acionário da Braskem e voltar a ser um grande player na Bahia, que é a sede da petroquímica. Outro sinal foi a reabertura da Torre Pituba, fechada após a venda da RLAM para o grupo Mubadala, e que teve a presença do presidente da estatal Jean Paul Prates e era uma reivindicação antiga do sindicato de petroleiros.

A reabertura da Torre Pituba, um complexo administrativo, que possui 22 andares, com 224 estações de trabalho por andar, mais de 2.600 vagas de estacionamento e pode abrigar quase cinco mil postos de trabalho, não faria sentido para uma empresa com poucos ativos na Bahia, a não ser que a compra de um grande player como a Braskem estivesse nos planos da estatal.

Como tem direito de preferência sobre as ações da companhia petroquímica, a Petrobras poderá cobrir a oferta da Unipar, de R$ 10 bilhões em dinheiro e a  proposta das empresas Adnoc (estatal de petróleo de Abu Dhabi) e do fundo de americano Apollo. No cenário atual, uma negociação com os bancos credores da Novovor e o apoio do BNDES bastaria para que fosse concretizado o controle da Braskem pela Petrobras. Se comprasse a parte da Novonor, 50,1%, a Petrobras ficaria com 97,1% da Braskem.

Após o  pedido para acessar o data room, a Petrobras disse que não houve qualquer decisão da diretoria executiva ou do seu Conselho de Administração em relação à venda ou a compra de ações na Braskem. “O acesso ao data room é uma etapa necessária referente aos direitos de tag along e de preferência previstos no Acordo de Acionistas”, afirmou a estatal. .

A compra da Braskem faria da Petrobras uma empresa integrada participando de toda a cadeia produtiva do petróleo. A estatal, que ainda controla na Bahia a Metanor, líder na produção de metanol no Nordeste e com sede em Camaçari, tem campos maduros de petróleo e ainda detém o controle da Fafen, no momento arrendada para a Unigel, voltaria a ser  grande player da economia baiana.

 

 

 

 

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