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Pessoas negras são quase 100% dos mortos em ações policiais na Bahia

Ato de Luta contra o extermínio do povo preto na Bahia Aconteceu nesta tarde de segunda-feira, 21, no CAB um ato contra o extermínio de negros e a força policial. O ato iniciou em frente ao prédio da Assembléia Legislativa e terminou em frente a governadoria. Na foto: Camiseta com frase contra o racismo Foto: Olga Leiria / Ag. A Tarde Data: 21/03/2022

As pessoas negras são os grandes alvos das operações policias na Bahia e representam quase 100% dos mortos, é o que mostra o boletim Pele alvo, da Rede de Observatórios da Segurança, divulgado nesta quinta-feira, 17.

A pesquisa mostra que a Bahia tem o maior percentual de pessoas negras mortas pela polícia no país, que é de 98%. Ao todo, foram 603 mortes de pessoas negras registradas no último ano.

Outro dado alarmante é a Bahia é o estado mais letal do nordeste, com o maior número absoluto de mortes na região. Considerando todo o Brasil, fica atrás apenas do Rio de Janeiro.

O boletim ainda detalha as ocorrências e aponta que Salvador, Feira de Santana e Camaçari são os municípios baianos em que a polícia mais mata pessoas negras. Na capital baiana, 299 pessoas foram mortas por agentes do estado em 2021 e apenas uma delas não era negra.

Os dados são das secretarias de segurança e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI). A Rede de Observatórios contabilizou os números de sete estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.

A Rede de Observatórios, é um projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), com apoio da Fundação Ford. Participam também a Rede de Estudos Periféricos, da UFMA e IFMA, e o Núcleo de Pesquisas sobre Crianças, Adolescentes e Jovens, da UFPI se unem a Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas (INNPD); Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop); Laboratório de Estudos da Violência (LEV/UFC) e ao Núcleo de Estudos da Violência (NEV/USP). O objetivo é monitorar e difundir informações sobre segurança pública, violência e direitos humanos.

 

A TARDE