O QUE É NOTÍCIA, VOCÊ CONFERE AQUI!

ONG da irmã de chefe do PCC divulga vídeo associando Nikolas Ferreira ao crime organizado

A Associação da Comunidade do Moinho, presidida por Alessandra Moja Cunha, irmã de Leonardo Moja, conhecido como Léo do Moinho e apontado como liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) no centro de São Paulo, publicou nas redes sociais um vídeo que associa o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ao crime organizado.

O material compartilhado pela ONG havia sido originalmente divulgado pela vereadora Keit Lima (PSOL-SP). No vídeo, a parlamentar critica a presença do crime organizado no centro financeiro do país e questiona a relação de políticos da extrema-direita com setores beneficiados pela facção criminosa.

“O crime organizado está na Faria Lima, no centro financeiro do país. Ele banca a vida de muita gente rica, inclusive políticos. O crime organizado não está apenas nas periferias”, afirma a vereadora no conteúdo reproduzido.

Prisão de Alessandra Moja

A publicação ganhou repercussão em meio à operação Sharpe, deflagrada nesta segunda-feira (8) pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). Alessandra foi presa acusada de colaborar com o irmão nas atividades ilícitas da facção.

Durante a ação, policiais apreenderam celulares e drogas como cocaína, crack e maconha na residência dela. De acordo com o MPSP, Alessandra tinha papel estratégico na comunidade: organizava protestos para obstruir operações policiais, auxiliava em atividades ligadas ao tráfico e extorquia famílias beneficiadas por acordos habitacionais.

Articulação política

A ONG liderada por Alessandra também chegou a se reunir com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, para organizar uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama, Janja da Silva, à Favela do Moinho. Na ocasião, foram anunciadas medidas de cessão de área para a comunidade e a possibilidade de construção de um parque.

Repercussão

A associação entre o nome de Nikolas Ferreira e o PCC causou polêmica nas redes sociais. Até o momento, o deputado não se manifestou sobre o caso. A Associação da Comunidade do Moinho também foi procurada pela imprensa, mas não respondeu.