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“Neto tem votos de eleitores de Lula que não vão mudar. E neste segundo turno, se Bolsonaro cresce, ele pode puxar Neto para vitória”, relata presidente do PP.

Em entrevista ao site Off News, O deputado federal Cláudio Cajado, presidente nacional do PP, acredita que apesar da virada sofrida no primeiro turno e a pequena margem de votos que não permitiu a vitória do candidato do PT ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues, ACM Neto será o próximo governador da Bahia.

O parlamentar criticou a ausência de Jerônimo Rodrigues nos debates, apontando que ao fazer isso, ele justifica um erro com outro e fica fragilizado.

“Vamos aos números. Jerônimo teve 49,9%. João Roma teve 9,5%. ACM Neto teve 41%. Se somar os votos de Neto e Roma a eleição fica empatada. 2º turno é uma nova eleição. Por outro lado, os debates seriam uma forma de ver quem é o melhor e neste 2º turno e Jerônimo não está comparecendo, ele apontou que ACM Neto estava errado ao faltar nos debates do 1º turno e por isso não poderia incorrer mesmo erro. É aquele ditado: “um erro não pode justificar o outro”; essa ausência deixa Jerônimo em fragilidade. Jerônimo tem feito uma campanha atrelada a Lula e se Bolsonaro crescer mais, ao que tudo indica poderá acontecer, já que ele está virando o jogo no Sudeste, ele poderá perder votos”, pontua Cajado.

O pepista segue no raciocínio apontando os apoios recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro e um fator que costuma derrubar votos no 2º turno, a abstenção, como instrumentos que sinalizam uma virada na Bahia.

“Bolsonaro está virando o jogo em São Paulo, com o Tarcísio na frente, ninguém esperava isso, ele está disparado com mais 10% de diferença e tende a proporcionar um crescimento de Bolsonaro com essa votação. Em Minas, com a reeleição de Zema, que entrou ostensivamente na campanha, temos outro fator que tende a virar muitos votos em outro grande estado do sudeste, que é onde estão os maiores colégios. Há um problema no Nordeste que é extremamente prejudicial para os candidatos, que é a falta de mobilização para levar os eleitores às urnas no 2º turno. No 1º turno os prefeitos se mobilizam para dar votar aos seus deputados. Jerônimo virou com a mobilização do governador, que não vai ser igual foi no 1º, a tendência é uma abstenção grande. Se Lula perder voto, isso impacta em Jerônimo. Neto tem votos de eleitores de Lula que não vão mudar. E neste segundo turno, se Bolsonaro cresce, ele pode puxar Neto para vitória”, destacou o político do PP.

Questionado ACM Neto deveria abrir mão da postura de não alinhamento a um candidato a presidente, o presidente nacional do Progressitas respondeu: “Eu acho que deveria declarar apoio. Agora as pesquisas internas que Neto fez apontam que mais da metade dos eleitores de Lula declararam que poderiam votariam nele. Entre 60% e 70% declaravam que poderiam votar nele. Ao declarar apoio em Bolsonaro, ele ganharia de uma lado e perdia de outro. Por isso avaliou que é melhor deixar como está. Neto tende a permanecer com os votos e do 1º turno e, com os votos Roma, crescer”.

Sobre os prefeitos do PP que migraram da base de Neto para de Jerônimo, o presidente nacional da sigla falou em atitude não aconselhável.

“Fechamos questão do apoio ao presidente Bolsonaro, quanto à eleição estadual, não fechamos questão. O estatuto não prevê punição para chefe de poder executivo municipal. E só poderia ter tido uma cobrança por fidelidade se o partido tivesse fechado questão, mas eles estão indo em nome pessoal, não do partido. Acho que não é positivo essa migração, não é aconselhável essa decisão. Esses prefeitos que foram dar apoio a Jerônimo não tem a garantia que levarão os votos. Na eleição majoritária o eleitor está atrelado à consciência, à vontade. Neto não se abalou com o resultado do 1º turno, ele é só alegria, otimismo e vontade ganhar essa eleição”, destacou Cláudio Cajado.