Uma mulher que não quis se identificar disse, neste domingo, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, que foi estuprada, baleada três vezes e lançada de uma ponte pelo médium João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus, que está preso desde dezembro de 2018 acusado de abusos sexuais. Ela teria sobrevivido porque foi resgatada do rio por um pescador.
A mulher relatou que o episódio se deu em 1973, quando ela tinha 17 anos e acompanhava uma tia que passou por tratamento espiritual na Casa de Com Inácio de Loyola, em Abadiânia, no interior de Goiás, onde João de Deus atendia. Como se passaram 45 anos, o suposto crime está prescrito. O advogado do médium, Alberto Toron, afirmou ter sido pego de surpresa com as acusações e que elas carecem de provas. “Tem muita gente falando coisa sem a menor prova”.
Na entrevista, a mulher afirmou que o médium a levou para a ponte para fazer uma “limpeza espiritual”. Quando chegou lá, ele começou a se despir e a tirar a roupa da adolescente. Depois, teria a estuprado. “Eu falei: ‘Não, me deixa, eu vou casar. Não faz isso, não’. Quando ele praticou o ato sexual comigo, eu comecei a ter uma hemorragia muito forte”, afirmou.
Segundo a mulher, João de Deus se desesperou com o sangramento e tentou matá-la disparando três vezes. “Tiro quebrou todos os meus dentes”, disse ela. Em seguida, ele a teria jogado da ponte para se livrar do corpo. Uma bala permanece até hoje alojada no pescoço da mulher, que não denunciou o caso para a polícia na época. “Ele não é uma pessoa de Deus”, acrescentou.
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