Salvador, a capital e cidade mais rica da Bahia, ainda não conseguiu alcançar a meta de alfabetização estabelecida para o ano de 2024. De acordo com o Indicador Criança Alfabetizada, a taxa de crianças alfabetizadas até o 2º ano do ensino fundamental na capital é de apenas 36,75%, número superior à média estadual, mas bem abaixo da meta projetada de 45,52%.
Apesar de liderar em arrecadação e orçamento entre os municípios baianos, Salvador ainda não assumiu integralmente a oferta do ensino fundamental, o que é visto por especialistas como um dos entraves para o avanço mais robusto da alfabetização na cidade. Em muitas localidades do Brasil, a responsabilidade pelo ensino fundamental ainda é compartilhada entre estado e municípios, o que pode gerar sobreposição de funções e fragilidade na gestão educacional.
Para o presidente do Conselho Nacional de Educação, a fragmentação do sistema é um dos principais desafios:
“O sistema brasileiro de educação é dividido em partes. Ainda não conseguimos unificar um sistema no país, como acontece com a saúde, por exemplo. É preciso que ocorra uma colaboração efetiva entre os entes para que os municípios, que se responsabilizam por essa tarefa, possam almejar dados mais animadores”, explicou.
O Indicador Criança Alfabetizada foi criado para acompanhar, de forma padronizada, os índices de alfabetização de crianças com até sete anos de idade em todo o território nacional. A meta nacional para 2024 é de que pelo menos 80% das crianças estejam alfabetizadas até o final do 2º ano do ensino fundamental — um objetivo que ainda parece distante, mesmo para capitais como Salvador.
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