A notícia de que o Governador da Bahia Rui Costa, 57 anos, foi submetido a uma cirurgia para retirada de ginecomastia e de um nódulo na mama, despertou a atenção de muitos baianos neste domingo (5).
A ginecomastia é um aumento benigno do tecido mamário masculino. É comum e acredita-se que esteja presente em pelo menos um terço dos homens ao longo de sua vida. Ginecomastia verdadeira refere-se ao aumento do tecido glandular, em vez de acúmulo de tecido adiposo (gordura).
Para ser mais preciso, a ginecomastia está presente em 33% a 41% dos homens com idade entre 25 e 45 anos e em 55% a 60% dos homens com mais de 50 anos.
Em muitos casos, está relacionada com a obesidade. Além de homens adultos, a ginecomastia está presente em recém-nascidos e em boa parte dos meninos na puberdade, em ambos os casos, geralmente se resolve espontaneamente. Em pessoas com mais de 50 anos, uma das principais causas pode ser a diminuição no nível de testosterona, o que dá origem à ginecomastia.
“As causas da ginecomastia normalmente são hormonais, seja o aumento do estrogênio, na puberdade, seja a diminuição da testosterona em indivíduos mais velhos. Mas, também pode ocorrer em função do uso de remédios como anti-hipertensivos, esteroides anabolizantes, medicamentos que aumentam os níveis de prolactina, como antipsicóticos, alguns antidepressivos e antirretrovirais”, explica a médica Daniela Almeida, mastologista da clínica CAM.
A médica ressalta ainda que a ginecomastia é geralmente bilateral, ou seja, acontece em ambas as mamas, mas os pacientes podem apresentar achados assimétricos ou unilaterais. As principais características clínicas que a caracterizam são edema mamário, aumento do diâmetro areolar, redundância cutânea, entre outras. “À palpação encontramos um tecido endurecido e que pode ser movido. Sempre é importante o diagnóstico diferencial com câncer de mama. Suspeita de câncer de mama em homens são, basicamente: aumento unilateral, tecido mamário duro ou irregular, aumento rápido, início recente, massa fixa ou anormalidades na pele”, conclui Daniela Almeida.
O tratamento da ginecomastia nem sempre é necessário. Depende de sua causa, duração e gravidade e se causa dor ou desconforto. Se os medicamentos são a causa da ginecomastia, interromper a droga agressora pode ser eficaz na redução do problema. O tratamento de qualquer outra condição médica que tenha provocado o distúrbio também é importante. Ambos, medicamentos e cirurgia são utilizados com sucesso para tratar a ginecomastia dependendo do caso.
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