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Maceió: área em risco de colapso é totalmente desocupada, diz Defesa Civil

Defesa Civil afirma que moradores de 23 casas, que se recusavam a deixar suas residências, foram realocados, por determinação judicial

A Defesa Civil de Maceió informou, na tarde deste sábado (2/12), que a área de risco de afundamento de solo, causado pela mina 18, da empresa Braskem, está completamente desocupada. As famílias que permaneciam em 23 residências também foram realocadas pelo órgão, por determinação judicial.

“Importante lembrar que a área de resguardo no bairro do Mutange onde fica a mina 18, cuja realocação preventiva foi iniciada pela Braskem em dezembro de 2019, está desocupada, sem nenhuma pessoa residindo na região desde abril de 2020”, diz a Defesa Civil, em nota.

Segundo o comunicado, divulgado às 14h, os dados de monitoramento apontam que a acomodação do solo segue concentrada na área da mina 18, “e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta”, ou seja, o colapso completo.

“Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração. A Braskem continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, localizada no bairro do Mutange”, destaca o órgão.

A Braskem encerrou a extração de sal-gema na capital alagoana em 2019, após a comprovação de que a atividade havia provocado rachaduras nas casas do bairro de Mutange, e vinha tomando medidas para fechar definitivamente os poços de sal, “conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM)”

“Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025. Das 35 cavidades, 9 receberam a recomendação de preenchimento com areia. Destas, 5 tiveram o preenchimento concluído, em outras 3 os trabalhos estão em andamento e 1 já está pressurizada, indicando não ser mais necessário o preenchimento com areia. Além dessas, em outras 5 cavidades foi confirmado o status de autopreenchimento”, detalha a nota.

“As demais 21 cavidades estão sendo tamponadas e/ou monitoradas, sendo que em 7 delas o trabalho já foi concluído. As atividades para preenchimento da cavidade 18 estavam em andamento e foram suspensas preventivamente devido à movimentação atípica no solo. Todo o trabalho segue prazos pactuados no âmbito do plano de fechamento, que é regulamente reavaliado com a ANM”, finaliza.

O mapa das áreas de risco, traçado pela prefeitura e pela Defesa Civil, indica outros quatro bairros afetados: Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol. Na última quarta (29), a Justiça acatou pedido para realocação das famílias que moram em 23 imóveis no bairro Bom Parto. As residências ficavam em áreas em que o nível de perigo de colapso aumentou.