O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança nesta segunda-feira o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, com investimento de mais de R$ 2 bilhões em quatro anos para garantir que 100% das crianças estejam alfabetizadas até o fim do 2º ano do ensino fundamental.
A iniciativa tenta cumprir a meta prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), além de tentar recuperar os impactos causados pela pandemia na aprendizagem de crianças.
A política será baseada em cinco eixos:
- Gestão e Governança: ofertas de bolsas para a implementação das iniciativas; garantir que 100% das redes elaborem e publiquem sua política territorial
- Formação: garantir que 100% das redes de ensino implementem sua Política de Formação de Gestores(as) Escolares e sua Política de Formação de Professores(as) Alfabetizadores(as).
- Infraestrutura Física e Pedagógica: garantir que 100% das redes de ensino disponham de material didático complementar para a alfabetização, material pedagógico de apoio aos docentes da educação infantil e espaços de incentivo a práticas da leitura
- Reconhecimento de Boas Práticas: identificar, reconhecer, premiar e disseminar práticas pedagógicas e de gestão exitosas no campo da garantia do direito à alfabetização.
- Sistema de Avaliação: promover a articulação entre os sistemas de avaliação educacional da educação básica, para a tomada de decisões de gestão no âmbito da rede de ensino
O MEC será responsável pelo apoio técnico e financeiro às redes de ensino. Após a assinatura do decreto no evento desta segunda-feira, os entes federados poderão aderir à política através do Sistema Integrado de Monitoramento Execuçãoe Controle (Simec). Os estados devem colaborar para a formulação da política educacional territorial.
O ministro Camilo Santana (Educação) afirmou que a pasta separou R$ 1 bilhão de investimento para o programa para em 2023. Para os próximos anos, a iniciativa precisara de R$ 500 milhões para gastos fixos. Esses valores, no entanto, podem variar. Santana afirmou que “não há dúvida” de que o volume será maior.
— R$1 bilhão está garantido, disponível para o programa neste ano. O valor permanente que precisamos para manter o programa, com bolsa, material didático, é de R$ 500 milhões por ano. Porém, isso vai depender de variações do programa, como volume de formação, melhoria de infraestrutura. Não tenho dúvida de que esse volume terá que ser maior — afirmou Camilo Santana, completando: — Estamos otimistas com o arcabouço, as perspectivas são boas para o orçamento do MEC para o próximo ano.
Santana ainda afirmou que as metas do programa serão definidas ano a ano em conjunto com estados e municípios mas que os “100% não acontecerá em quatro anos”.
— Vamos definir qual vai ser nossa meta pros próximos anos, em quanto tempo o Brasil poderá chegar a alcançar 100%. É claro que isso não acontecerá 100% em quatro anos. São processos, mas vamos definir conjuntamente, hoje em dia cada estado tem indicador diferenciado
More Stories
Freira que viralizou após vender terços em bar de Goiânia já foi modelo e miss
PAC: Prefeitura de Candeias construirá Unidade de Saúde moderna e integrativa
Com “lei do ex”, Bahia vence o São Paulo por 2 a 1 e entra no G-6