CIDADE DO VATICANO — Milhares de fiéis e membros do clero lotam a Praça de São Pedro, onde o Papa Francisco , acaba de canonizar a beata baiana Maria Dulce Lopes (1914-1992), Irmã Dulce , que agora já é Santa Dulce dos Pobres . Também foram canonizados outros quatro beatos: John Henry Newman, Giuseppina Vannini, Mariam Thresia Chiramel Mankidiyan e Margherite Bays.

À exceção de Dulce, todos os canonizados morreram no século XIX ou nas primeiras três décadas do século XX, o que mostra a agilidade do processo que reconheceu a santidade da freira baiana.
O músico José Maurício Moreira, que recuperou a visão após intercessão da Irmã Dulce — um milagre reconhecido pelo Vaticano — afirmou este sábado que participaria da missa, mas que seu papel não havia sido divulgado detalhadamente.
No livreto sobre a cerimônia, a Irmã Dulce é assim descrita: “Dulce Lopes Pontes, no século Maria Rita, nasceu a 26 de maio de 1914 em São Salvador da Bahia, no seio de uma família abastada, marcada por fortes convicções cristãs e uma caridade operosa. Desde a infância, ela se destacou por uma grande sensibilidade para com os pobres e os necessitados.

Completados seus estudos superiores, abraçou a vida religiosa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, ligada à Ordem dos Frades Menores, servindo como enfermeira e professora. Animada por intenso zelo missionário, Irmã Dulce também se dedicou seriamente à instrução dos trabalhadores, mas foi sobretudo na assistência e cuidado dos últimos e dos mais sofredores que exerceu seu generoso serviço.

Os últimos meses da vida da Beata estiveram marcados pela doença, que enfrentou com serenidade e completo abandono nos braços do Senhor. Em 13 de março de 1992, Irmã Dulce faleceu em São Salvador da Bahia, nimbada de grande fama de santidade. Em 3 de abril de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu as heroicidades de suas virtudes e, em 22 de maio de 2011, celebrou-se o rito de sua Beatificação”.

A celebração eucarística com o rito da canonização é aberta com cânticos. Depois, o prefeito da Congregação da Causa de Todos os Santos, Angelo Becciu, solicitar ao Papa a canonização dos beatos. Becciu apresentará brevemente o perfil de cada um deles.
O pedido é seguido pelo “Litanie Sanctorum”, a ladainha mais antiga da Igreja Católica. A ladainha é um chamado para lembrarmos nossos ancestrais e pedir por sua intercessão. Nela é enumerada uma série de santos.

Em seguida vem a “fórmula da canonização”, uma oração feita pelo Papa em latim em que ele reconhecerá a canonização dos cinco beatos. O cardeal Becciu agradece ao Pontífice e pede permissão para escrever uma carta apostólica para preparar a canonização. Na última parte do rito, Francisco faz novas orações e a liturgia.
O Globo
More Stories
Camaçari: Prefeito Caetano participa da entrega das cesta de Páscoa
Prefeito de Feira de Santana se reúne com Governo da Bahia para tratar do Programa Bahia pela Paz
Populares organizam manifestação contra blitz no trânsito de Candeias