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Instituto abre processo para apurar fraude de cotas de Matteus, ex-BBB

Após denúncia de que Matteus ex-BBB teria fraudado cotas do Instituto Federal, instituição abre processo administrativo interno

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) abriu um processo administrativo interno contra o ex-BBB Matteus Amaral. Ele entrou no curso de Engenharia Agrônoma usando cotas raciais, e acabou sendo exposto nas redes sociais.

Matteus Amaral Vargas ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola em 2014 no IFFar, ocupando uma das vagas destinadas a candidatos pretos e pardos. Naquele período, o único documento exigido para a inscrição de candidatos em vagas reservadas a pessoas negras e indígenas era a autodeclaração.

Segundo o IFFar, ainda não havia “denúncia sobre o ingresso de Matteus Amaral Vargas”. Mas, após o caso viralizar nas redes sociais, o Instituto abriu processo administrativo interno. De 2020 a 2022, a instituição recebeu 35 denúncias de suspeitas de fraude na autodeclaração de candidatos e 21 autodeclarações foram indeferidas, acarretando as sanções legais cabíveis aos inscritos.

Matteus alega erro

No Instagram, o ex-BBB Matteus Amaral se eximiu da culpa e disse lamentar o ocorrido. “A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio”, alegou Matteus em nota publicada nos stories da rede social.

Ele ainda ressaltou que considera essa uma importante política para o país e disse lamentar a situação. “Lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção”, garantiu.

Matteus ainda disse se arrepender de “quaisquer transtornos causados” e afirmou que é um “defensor ativo da igualdade racial e social”. “Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido”, finalizou o ex-BBB.

Leia a nota completa:

“Recentemente, surgiram informações de que, em 2014, fui inscrito no curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha sob a modalidade de cotas para pessoas negras.

Esta nota tem como objetivo esclarecer as circunstâncias dessa inscrição e expressar minha posição a respeito.

A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil.

Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção.

Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido.