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Governo Trump paralisa financeiramente após orçamento não ser aprovado; republicanos se recusam a ampliar saúde e assistência social

O governo dos Estados Unidos deve entrar em paralisação nesta quarta-feira (1º), após o Congresso não conseguir aprovar o projeto orçamentário que garantiria o financiamento federal. A medida, conhecida como “shutdown”, afetará diversos serviços públicos e pode gerar impactos significativos para servidores, cidadãos e turistas.

Na noite desta terça-feira (30), o Senado tentou aprovar o orçamento, mas a proposta recebeu apenas 55 dos 60 votos necessários. Sem acordo, a sessão foi encerrada, e o Congresso tem até 23h59 (horário local) para aprovar o texto. Mesmo que uma nova votação seja realizada, o orçamento ainda precisaria passar pela Câmara, que atualmente não está em sessão.

O impasse gira em torno da saúde. Democratas defendem que programas de assistência médica prestes a expirar sejam mantidos, enquanto republicanos ligados ao presidente Donald Trump defendem que a questão da saúde seja tratada separadamente. Eles acusam os democratas de usar o orçamento como moeda de troca para atender demandas políticas antes das eleições legislativas de 2026, que definirão o controle do Congresso.

As negociações entre lideranças democratas e republicanas, mediadas pelo próprio presidente Trump na Casa Branca, não avançaram. Em meio à crise, Trump ameaçou demitir servidores e suspender programas ligados aos democratas caso a paralisação se concretize.

Durante a paralisação, apenas serviços essenciais continuarão funcionando, incluindo segurança pública, fiscalização de fronteiras e parte do controle aéreo. Outros setores, como parques nacionais, museus e zoológicos federais, podem ter atividades suspensas. Funcionários em licença receberão salários retroativamente quando o orçamento for normalizado.

O último “shutdown” ocorreu entre 2018 e 2019, também durante o governo Trump, e durou 35 dias, com custo estimado de US$ 3 bilhões. Entre os impactos previstos estão atrasos em voos, fechamento parcial de serviços federais e restrições em tribunais e programas de assistência social.

Especialistas alertam que a paralisação também pode atrasar a divulgação de dados econômicos, afetar políticas públicas e limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas.