O jurista Giuseppe Conte fez seu juramento nesta sexta-feira (1º) para assumir o cargo de primeiro-ministro da Itália. O juramento se dá quase três meses após as eleições e várias reviravoltas nas negociações políticas.
A cerimônia ocorreu no Palácio do Quirinale, em Roma, diante do presidente da República, Sergio Mattarella.
Pela manhã, ao deixar sua casa no centro da capital italiana, Conte disse aos jornalistas que estava “um pouco emocionado”.
“Grande força, grande entusiasmo e determinação. Queremos trabalhar pelos interesses do país e dos italianos. Tentaremos dar o nosso máximo. O país precisa de confiança”, disse Conte.
Os líderes dos partidos Liga Norte e Movimento 5 Estrelas (M5S), Matteo Salvini e Luigi di Maio, oficializaram na quinta-feira (31) um novo governo com Conte como primeiro-ministro.
O economista Carlo Cottarelli, que tinha sido indicado no último domingo (27) para tentar formar um governo técnico interino, renunciou na quinta-feira ao cargo para abrir espaço ao gabinete de Salvini e Di Maio.
“Não resulta mais necessário formar um governo técnico e eu devolvi ao presidente da República, Sergio Mattarella, o encargo que me foi dado”, disse Cottarelli. “A formação de um governo político é a melhor solução para o país”, ressaltou, em uma coletiva de imprensa.
Merkel e UE se dizem abertos
A chanceler alemã, Angela Merkel, está “aberta” para colaborar com o novo governo italiano.
A informação foi dada pelo porta-voz do gabinete alemão, Steffen Seibert, em uma coletiva de imprensa em Berlim, que, por sua vez, negou-se a comentar a formação da equipe de ministros na Itália, que incluiu o eurocético Paolo Savona.
A Comissão Europeia também disse ter “plena confiança na capacidade e vontade do novo governo de se empenhar construtivamente como parceiro das instituições da União Europeia para manter o papel centro da Itália no bloco”, segundo o porta-voz do presidente Jean-Claude Juncker.
Merkel terá um encontro na próxima segunda-feira (4) com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), o italiano Mario Draghi. Na edição de hoje, o jornal “Financial Times” disse que a “a crise italiana impõe um dilema” a Draghi devido à sua nacionalidade.
O diário fala sobre as medidas que Draghi deverá tomar nos próximos meses, principalmente no plano de aquisições de títulos de Estado.
“O dilema seria sobre como responder as eventos políticos em Roma, que geram uma maior preocupação entre os investidores, como, por exemplo, a especulação da saída da Itália da zona do euro”, pontuou o jornal.
R7
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