Uma fila gigantesca se formou na madrugada desta terça-feira (30) em frente ao Complexo de Saúde Clementino Fraga, no bairro dos Barris, em Salvador. Pacientes chegaram ainda durante a noite em busca de consultas e exames, mas encontraram um cenário de superlotação.
“Cheguei às duas horas da manhã”, relatou uma idosa, que aguardava atendimento. Outras mulheres disseram que chegaram às 5h em busca de consulta com ginecologista, mas enfrentam o mesmo drama todos os meses. “É sempre assim, só abre uma vez no mês. A gente se arrisca saindo de madrugada, mas não tem outra opção”, contou uma das pacientes.
Enquanto a fila aumentava, um homem que estava entre os primeiros da espera passou mal e precisou ser socorrido pelo SAMU, que funciona dentro do próprio complexo. Ele foi levado para outra unidade de saúde.
O clima é de indignação. Moradores afirmam que, nos bairros, dificilmente conseguem agendar consultas e exames, e por isso recorrem ao Quinto Centro. “Só pode marcar duas pessoas, o que é um absurdo”, reclamou outra paciente.
No fim da manhã, a fila já tomava boa parte da calçada da unidade, com dezenas de pessoas sentadas no meio-fio, esperando a chance de conseguir um atendimento.
Ao tempo, a capital baiana recebe mais de R$ 722 milhões do Governo Federal para custear ações de saúde, mantendo basicamente dois hospitais municipais.
Em comparação, o Governo do Estado da Bahia recebe R$ 941 milhões, mas é responsável por manter toda uma rede estadual: hospitais, maternidades, centros de referência e policlínicas
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